Papa visita Portugal em Maio

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O Papa vai presidir às cerimónias religiosas de 13 de Maio, em Fátima Chris Helgren/Reuters

Bento XVI aceitou o convite feito pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e vai visitar Portugal, pela primeira vez, em Maio do próximo ano, altura em que presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio, em Fátima.

"Sua Santidade o Papa Bento XVI efectuará uma visita a Portugal no próximo ano, em resposta ao convite que lhe foi endereçado pelo Presidente da República. Para lá do programa oficial, Sua Santidade o Papa Bento XVI deslocar-se-á ao Santuário Mariano de Fátima, onde presidirá às cerimónias religiosas de 13 de Maio", lê-se na nota publicada hoje no site da Presidência da República.

A visita de Bento XVI a Fátima será a quinta deslocação de um Papa ao Santuário Mariano português. A primeira deslocação foi efectuada por Paulo VI, a 13 de Maio de 1967, para assinalar os 50 anos das primeiras aparições. Na altura, e para mostrar o desagrado do Vaticano para com o regime político português, Paulo VI deslocou-se unicamente a Fátima, tendo o avião da Alitália que o transportou aterrado na base de Monte Real.

O papa João Paulo II efectuou três deslocações a Fátima, integradas em visitas a Portugal. A primeira foi a 13 de Maio de 1982 e destinava-se sobretudo a agradecer a Nossa Senhora a protecção que lhe concedeu no atentado de que fora vítima no ano anterior, a 13 de Maio, em plena Praça de São Pedro.

Na noite de 12 de Maio o papa voltou a ser alvo de um atentado, levado a cabo por Juan Fernandez Krohn, antigo discípulo espanhol do arcebispo ultra-conservador francês Marcel Lefébvre. A segunda viagem ocorreu a 13 de Maio de 1991, para assinalar mais um aniversário das aparições. A terceira e última viagem, a 13 de Maio de 2000, em pleno Ano Jubilar, teve como objectivo presidir à cerimónia de beatificação de Francisco e Jacinta, dois dos pastorinhos que presenciaram as aparições em 1917.

O Cardeal Joseph Ratzinger, agora com 82 anos, tornou-se o 266.º papa em 19 de Abril de 2005, 17 dias após a morte do polaco João Paulo II, que tinha visitado Portugal pela última vez em 12 e 13 de Maio de 2000.

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