Prisão preventiva para suspeito de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal

Homem está envolvido no tráfico de menores provenientes de Angola, com documentos falsificados.

Foto
Homens foram detidos no Aeroporto de Lisboa David Clifford/Arquivo

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou a prisão preventiva de um homem suspeito de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos. O indivíduo, estrangeiro, foi detido no domingo no Aeroporto de Lisboa quando tentava “reaver” um de três menores trazidos ilegalmente de Angola para Lisboa, com destino a Paris.

Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz que deteve no fim-de-semana dois indivíduos, com cerca de 40 anos. Um deles foi interceptado no sábado quando chegou a Lisboa proveniente de Luanda, Angola, acompanhado de dois rapazes e uma rapariga, todos menores e de origem africana, de quem o homem dizia ser “pai ou tio, consoante o caso”. Os menores tinham documentação “que se suspeita falsificada e/ou emitida de forma indevida”.

Segundo o SEF, todos tinham como destino final a capital francesa, utilizando para o efeito a rota Libreville, capital do Gabão, para Casablanca, Marrocos, e Lisboa. A este primeiro indivíduo, a polícia apreendeu uma “avultada quantia monetária e três cartões de crédito”. O SEF apurou que o homem cobrava “vários milhares de dólares pela deslocação de cada criança”. Após ter sido ouvido em tribunal ficou sujeito à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência e ao pagamento de 4000 euros de caução.

O suspeito que ficou nesta terça-feira em prisão preventiva foi detido no domingo. O homem deslocou-se de Paris a Lisboa com documentos “com fortes indícios de serem falsificados” e “tentou reaver um dos menores afirmando ser o seu pai biológico”.

Os menores encontram-se à guarda de instituições e foram entregues, na segunda-feira, ao Tribunal de Menores que acompanha o seu processo de acolhimento. “A investigação do SEF irá prosseguir”, conclui o texto.

Sugerir correcção
Comentar