Marinho e Pinto quer denunciar ilusões vendidas por alguns partidos

A maior tragédia para Portugal era sair do euro, diz o cabeça de lista do MPT e ex-bastonário da Ordem dos Advogados.

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Daniel Rocha

O cabeça de lista do Partido da Terra (MPT) às eleições europeias afirmou esta terça-feira a necessidade de “denunciar as ilusões” que alguns partidos “vendem”, ao defenderem a saída de Portugal do euro e da União Europeia.

“É preciso denunciar as ilusões que alguns partidos estão a vender de saída do euro e de saída da Europa. Isso era a maior tragédia para o povo português”, afirmou António Marinho e Pinto, depois de uma visita ao mercado de Benfica, em Lisboa.

O líder da lista do MPT às eleições de 25 de Maio afirmou acreditar que a “Europa ultrapassará os seus problemas, que actualmente são graves, com mais Europa, com mais integração, com mais coesão interna”.

Nesta acção eleitoral em Lisboa, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados enumerou algumas medidas que já deviam ter sido tomadas aquando da criação da União Europeia e do euro, como a harmonização das políticas fiscais.

“Há empresas que operam e produzem os seus lucros em Portugal, mas vão pagar os impostos desses lucros a outros países da Europa, isto é uma traição nacional”, resumiu o candidato que quer o fim do “dumping fiscal” e subscreveu as ideias do candidato do Partido Popular à Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, de um salário e um subsídio de desemprego mínimos.

Combater o “cancro das democracias”, ou seja a corrupção, foi outro dos objectivos enunciados esta terça-feira por Marinho e Pinto, para quem são “necessárias vozes diferentes, comprometidas com o povo e não com as clientelas partidárias, que gravitam há décadas em torno dos partidos à procura de tachos".

Questionado sobre a organização de um Conselho de Ministros extraordinário no sábado, enquanto decorre a campanha eleitoral, o candidato considerou que o “Governo devia jogar com honestidade politica”.

“Estava cansada de o ver na televisão. Queria-o ver ao vivo e acho que fica mais favorecido”, foi uma das muitas abordagens que Marinho e Pinto ouviu no mercado de Benfica, onde deu um segundo sentido à sigla MPT: "Marinho Pinto Terra".

Uma vendedora perguntou-lhe porque andava por ali quando “tinha tido um tacho tão bom” e o ex-bastonário respondeu: “estou aqui para combater os tachos”.

O candidato garantiu ainda que “certos coelhos deviam voltar para os tachos que arranjaram enquanto ministros e alguns advogados para os seus grandes hipermercados de advocacia”.

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