Quatro suspeitos de terem ajudado Coulibaly julgados em Paris

Estado Islâmico exige resgate para libertar reféns japoneses.

Foto
A França continua em alerta Robert Pratta / Reuters

Quatro homens foram apresentados ao juiz nesta terça-feira por suspeita de envolvimento nos atentados terroristas na capital francesa, revelou a procuradoria.

Os indivíduos, com idades entre os 22 e os 28 anos, são suspeitos de terem ligações a Amedy Coulibaly – responsável pela morte de uma polícia municipal e pelo ataque a uma mercearia judaica que acabou por fazer quatro vítimas.

A polícia suspeita que tenham prestado apoio logístico, incluindo o fornecimento de armas, a Coulibaly. No entanto, nenhum dos detidos estava referenciado pelas autoridades por pertencer a círculos terroristas, apenas por “delitos de direito comum”, disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

Os quatro homens foram detidos na sexta-feira, numa operação policial na região parisiense que foi concluída com a detenção de 12 pessoas. Três mulheres foram libertadas no domingo e os restantes foram alvo de um prolongamento do período de detenção, de acordo com o Le Monde. Nesta terça-feira, a procuradoria revelou que três foram libertados na última noite.

A França tem actualmente mais de 15 mil elementos da polícia destacados para reforçar a segurança após os ataques.

Esta quarta-feira, a polícia chegou a anunciar a prisão de cinco tchetchenos em Béziers, no Sul de França, por suspeita de estarem a preparar um atentado. A informação foi corrigida horas depois, com  o procurador de Béziers, Yvon Calvet, a afastar as ligações do caso com o terrorismo, explicando que as prisões estão relacionado com o "grande crime". 

Noutro país da Europa, a Alemanha, continuam também os esforços das autoridades para tentar neutralizar células jihadistas. Na manhã desta terça-feira, cerca de 200 polícias realizaram buscas em Berlim e em outras regiões.

Foram abrangidos vários locais na capital alemã e nos estados de Brandeburgo, perto de Berlim, e da Turíngia, no Leste, de acordo com a AFP, que cita um comunicado da polícia.

A operação tinha como objectivo investigar possíveis indícios relativos a actividades terroristas desenvolvidas na Síria, segundo a agência DPA. Ao contrário das buscas realizadas na sexta-feira – em que foram detidos dois homens de origem turca que lideravam uma pequena célula terrorista –, desta vez não houve qualquer detenção.

Japoneses reféns do EI
Um novo vídeo do autoproclamado Estado Islâmico (EI) foi revelado nesta terça-feira, no qual é pedido um resgate de 200 milhões de dólares em troca da libertação de dois reféns japoneses. Na gravação – cuja autenticidade não foi ainda confirmada –, um jihadista dirige-se directamente ao primeiro-ministro Shinzo Abe, que recentemente prometeu apoiar a luta contra a organização.

Abe considerou “inaceitável” a ameaça feita pelo grupo terrorista e garantiu que tudo fará para garantir a libertação dos reféns.

Numa viagem ao Médio Oriente nos últimos dias, Shinzo Abe garantiu que o seu Governo está disponível para canalizar 200 milhões de dólares de ajuda humanitária para a Síria e para o Iraque, os países onde o Estado Islâmico ocupa vastos territórios. 
   


Sugerir correcção
Ler 8 comentários