Envio de ajuda a Homs é o primeiro objectivo das negociações em Genebra

Representantes do governo sírio e da oposição estiveram pela primeira vez frente a frente. Libertação de prisioneiros na agenda do encontro no domingo.

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Membros da delegação da oposição chegam ao edifício da ONU em Genebra para o primeiro dia de negociações Philippe Desmazes/AFP

Ao segundo dia, as delegações do Governo sírio e da oposição enviadas a Genebra estiveram pela primeira vez frente a frente e, mesmo recusando falar directamente, deram os passos iniciais de uma negociação há muito adiada. O mediador Lakhdar Brahimi diz esperar que nos próximos dias seja possível enviar ajuda aos bairros cercados de Homs.

“Ainda não conseguimos muito, mas vamos continuar”, disse o enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, que classificou o primeiro dia de contactos como “um bom começo”. A reunião da manhã deste sábado, a primeira em que os dois lados estiveram frente a frente, não durou mais do que meia hora: cada delegação entrou por uma porta diferente, sentou-se à mesa e ouviu em silêncio Brahimi explicar o plano para os próximos dias.

À tarde, Governo e oposição começaram a “discutir as questões humanitárias, falando longamente sobre a situação em Homs”, em particular na cidade velha, onde há civis há quase dois anos cercados pelos combates. Brahimi confirmou que as duas delegações não falaram uma com a outra - dirigindo-se antes a ele -, mas acredita que será possível chegar em breve a um acordo para o envio de comida e medicamentos para a cidade. “Se amanhã [hoje] houver acordo, uma coluna de camiões poderá entrar em Homs na segunda-feira”.

O mediador adiantou ainda que neste domingo será dada prioridade à libertação de presos, quer os que estão nas cadeias do regime, quer os que foram sequestrados por grupos rebeldes. Mas para que haja progressos, pede às duas partes que “sejam prudentes”. “Avançamos a passos minúsculos”.

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