Católicos americanos querem um papa moderno

Seis em dez católicos americanos consideram que a igreja está alheada das ideias e necessidades dos seus membros.

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Timothy M. Dolan, arcebispo de Nova Iorque, está na lista de favoritos JOHANNES EISELE/AFP

Agora que, pela primeira vez, um norte-americano pode vir a ser papa, as sondagens mostram que a maioria dos católicos americanos espera que o novo pontífice modernize a igreja.

Numa sondagem CBS/New York Times, 66% dos católicos americanos dizem que gostariam que o novo papa fosse “mais jovem, com novas ideias”, contra 26% que preferem um papa “mais velho e experiente”.

E, segundo uma sondagem Washington Post/ABC News divulgada no início desta semana, 54% dos católicos americanos defendem que o novo papa deve fazer reformas no interior da Igreja Católica de modo a reflectir as novas atitudes e estilos de vida dos seus membros. Seis em dez católicos americanos consideram que a igreja está alheada das ideias e necessidades dos seus membros.  

O desejo de mudança é maior do que em 2005, quando Bento XVI se tornou papa. Nessa altura, cerca de metade dos católicos americanos defendiam que a igreja deveria manter as suas políticas tradicionais. Na nova sondagem do Washington Post, apenas 38% têm essa opinião.  

Os católicos que frequentam a igreja assiduamente têm mais tendência para dizer que querem que o novo papa mantenha as tradições, ao passo que os que vão à missa menos vezes favorecem a mudança.

Os dois candidatos dos Estados Unidos, Timothy M. Dolan, arcebispo de Nova Iorque, e o cardeal Sean Patrick O’Malley, de Boston, são favoráveis a reformas. A escolha de qualquer um deles seria vista como um sinal de mudança dentro da Igreja Católica.

Ainda de acordo com a sondagem do Washington Post, 78% dos católicos americanos desaprovam a forma como a igreja tem lidado com os escândalos envolvendo o abuso sexual de crianças por padres.

Apesar disso, dois terços dizem que Bento XVI fez um trabalho “bom” ou “excelente” e 86% consideram que a Igreja Católica continua a ser relevante. 55% de católicos americanos são contra o celibato sacerdotal e 58% defendem a ordenação de mulheres.
 

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