Há muito que a viagem estava marcada e não foi por o Presidente francês François Hollande ter anunciado a sua separação que Valérie Trierwiller não cumpriu a sua agenda de primeira-dama. “Sinto-me muito bem por estar aqui, esta viagem foi programada há seis meses e pensada há um ano. Por nada eu falharia este compromisso", declarou numa conferência de imprensa, em Bombaim, Índia.

Dois dias depois do anúncio da separação de François Hollande e Valérie Trierwiller, a jornalista da Paris Match deslocou-se àquele país asiático numa visita de cariz humanitário. Valérie Trierweiler, de 48 anos, viajou para apoiar a Acção contra a Fome, uma organização não governamental internacional. A viagem foi planeada e financiada por patrocinadores daquela instituição, muito antes da divulgação da relação amorosa do Presidente francês com a actriz Julie Gayet pela revista Closer.

“Não se preocupem comigo, tenho tempo para pensar no futuro”, afirmou a ex-companheira de Hollande, na segunda-feira, acrescentando que se sente muito bem e que nada a impediria de marcar presença naquela iniciativa de solidariedade, agendada há meio ano. Apesar de já não estar no Eliseu, Valérie tenciona continuar a promover a luta contra a fome.

"Vim a primeira vez [à Índia] como jornalista, a segunda como primeira-dama, e a terceira qualifiquem-me como quiserem", disse a ex-companheira de Hollande aos jornalistas, com um ar visivelmente cansado.

A primeira-dama menos amada de França
Depois de conhecido o caso, no passado dia 9 de Janeiro, Valérie Trierweiler foi hospitalizada com sintomas de “profundo esgotamento”. Saiu uma semana depois. Desde então, a ex-companheira de Hollande não fez qualquer declaração, excepto para agradecer aos funcionários do Palácio do Eliseu, a residência oficial do Presidente da França. "A minha gratidão vai para os extraordinários funcionários do Eliseu. Jamais esquecerei a dedicação e a emoção no momento da partida", escreveu no Twitter, sábado passado.

Na Índia, Valérie Trierwiller realçou que talvez não fosse a pessoa mais indicada para fazer um balanço do seu período como primeira-dama, mas garantiu sentir-se bem. Segundo o jornal Parisien, a popularidade da jornalista situa-se nos 8%, tornando-se a primeira-dama menos amada de França.

Enquanto Valérie Trierweiler está na Índia, onde, além do lançamento de uma fundação associada à Acção contra a Fome, visitou um hospital e uma instituição no interior de um bairro de lata em Bombaim, o ex-companheiro encontra-se na Turquia para uma visita oficial de dois dias.