Trabalhadores da SATA com novas greves em "momentos importantes" até ao final de 2014

Sindicato que que a administração proceda ao ressarcimento por "penalizações na progressão de carreiras".

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Público

O Sindicato Nacional da Aviação Civil (SINTAC) anunciou que os trabalhadores de terra da SATA vão avançar com novas greves "em momentos importantes para a região" até ao final do ano.

À saída de um plenário, na Praia da Vitória, o porta-voz do SINTAC/Açores, Filipe Rocha, disse que as novas acções de luta "com datas já definidas", mas não divulgadas, irão juntar-se às duas paralisações parciais já anunciadas pelo SINTAC (de 17 de Abril a 15 de Maio, de quatro horas diárias, e de 17 Abril e de 31 de dezembro ao trabalho complementar), caso a administração não proceda ao ressarcimento por "penalizações na progressão de carreiras" deste pessoal.

"As greves têm de ter consequências e ser eficazes e só vão acontecer em momentos importantes para a região", disse o porta-voz dos trabalhadores da transportadora aérea açoriana, referindo que houve a "preocupação" em não marcar greves durante as festividades do Sr. Santo Cristo dos Milagres e da competição do SATA Rali Açores, em São Miguel.

De acordo com o dirigente da estrutura sindical, que representa 110 dos cerca de 400 trabalhadores de terra da SATA, em causa estão "cerca de seis mil euros" de penalizações, um valor que, "nas contas da SATA em Novembro de 2013", ressalvou, "é substancialmente menor do que os custos que esta greve e a outra que fizemos terão".

O dirigente sindical referiu que, no âmbito do pré-aviso de greve, foi solicitada uma audiência com a vice-presidência do Governo açoriano para se sanar o diferendo.

Filipe Rocha sublinhou não compreender a posição da administração da SATA, acusando a empresa de não reconhecer "a sua própria ilegalidade".

"Ontem [quinta-feira] numa reunião, em sede de negociação de serviços mínimos com o tribunal arbitral, a empresa reconheceu que o memorando de entendimento que nos querem obrigar a aceitar para 2013 é ilegal", declarou.
"É ilegal porque não foi publicado em boletim de trabalho de emprego, porque não foi publicado em jornal oficial e não tem valor de lei", sustentou.

"Sendo ilegal, temos toda a razão em pretender o tratamento que foi dado na TAP", declarou.

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