Trabalhadores da DGO voltam a parar nas vésperas de apresentação do Orçamento

Paralisação nos três dias anteriores ao prazo-limite para o Governo concluir a elaboração do OE.

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Ministério das Finanças prevê que o défice real fique em 6%. Daniel Rocha

Os trabalhadores da Direcção-Geral do Orçamento (DGO) vão estar em greve nos três dias anteriores à data-limite para a apresentação do Orçamento do Estado para 2014 na Assembleia da República.

Uma paralisação antes de dia 15 de Outubro fora já admitida pela comissão de trabalhadores na última quarta-feira, dia em que os funcionários da DGO realizaram um primeiro dia de greve, tendo hoje sido votada em plenário a realização de uma nova vaga de protestos.

Segundo o Jornal de Negócios, a realização da paralisação foi aprovada, por maioria dos trabalhadores votantes, através de votação secreta.

Os trabalhadores da DGO protestam contra aquilo que dizem ser a degradação das condições de trabalho nos serviços. A greve de 24 horas no dia 2 de Outubro foi então justificada pela comissão de trabalhadores com o facto de a redução de trabalhadores nos serviços estar a aumentar o volume de trabalho e a obrigar à realização de horas extraordinárias.

Segundo a comissão de trabalhadores, os funcionários são em várias alturas do ano chamados a trabalhar nos fins-de-semana para dar resposta ao volume de trabalho, escreve o mesmo jornal. A greve de três dias agora aprovada abrange o sábado, o domingo e a segunda-feira que antecedem o prazo-limite para o Governo apresentar o OE no Parlamento, coincidindo assim com o expectável aumento do ritmo de trabalho nos serviços na recta final até à conclusão do documento.

O PÚBLICO questionou, sem sucesso até ao momento de publicação desta notícia, o gabinete de imprensa do Ministério de Estado e das Finanças quanto ao impacto esperado da greve na elaboração do Orçamento.
 

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