PSI20 em queda com BCP em terreno negativo

Banco arranca período de subscrição dos novos títulos para participar no aumento de capital da instituição financeira.

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PSI20 seguia a recuar 0,41%, para 6.859,63 pontos Enric Vives Rubio

O principal índice da bolsa de Lisboa, o PSI20, seguia em queda nesta sexta-feira, acentuando a tendência da abertura, com as acções do BCP a pressionarem as negociações.

Pelas 8h40, o PSI20 seguia a recuar 0,41%, para 6.859,63 pontos, com 13 títulos negativos, dois inalterados e cinco positivos. As acções do Espirito Santo Financial Group lideravam as perdas e seguiam a afundar 5,5%, para 1,57 euros, seguidas das da Impresa, que desvalorizavam 3,23%, para 1,5 euros.

O peso pesado Banco Comercial Português (BCP)  segue igualmente em terreno negativo, pressionando o desempenho do PSI20, com as acções a desvalorizarem 2,95%, para 0,12 euros. O BCP inicia hoje o período de subscrição dos novos títulos para participar no aumento de capital da instituição financeira, uma fase que se mantém aberta por três semanas. Até 18 de Julho, os investidores podem dar ordem de compra das 34.487.542.355 acções do BCP, a fim de integrarem o aumento de capital do banco, de 2250 milhões de euros. Os mais de 34 mil milhões de títulos do aumento de capital são acções ordinárias, escriturais, nominativas e sem valor nominal, estando disponíveis entre as 8h30 de hoje e até ao dia 18 de Julho.

Na bolsa de Lisboa, do lado dos ganhos, seguem o BES e a PT, com subidas de 2,88% e 0,83%, para 0,72 e 2,31 euros, respectivamente. As acções do banco liderado por Ricardo Salgado sobem um dia depois de o supervisor bancário ter assegurado que o Banco Espírito Santo se encontra numa situação de solvabilidade "sólida", que foi reforçada com o recente aumento de capital, acrescentando que está a acompanhar de perto a situação.

"A situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital", lê-se numa nota enviada aos meios de comunicação social. O Banco de Portugal "tem vindo a adoptar um conjunto de acções de supervisão, traduzidas em determinações específicas dirigidas à ESFG [Espírito Santo Financial Group] e ao BES, para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não financeiro do GES [Grupo Espírito Santo]", informou a entidade liderada por Carlos Costa.

Já a PT recupera após ter anunciado que está a "prestar todo o suporte" à Oi para proteger a operadora brasileira do investimento em títulos de dívida da Rioforte. A nota da empresa de telecomunicações portuguesa surgiu depois da Oi, que está em processo de fusão com a PT, pedir esclarecimentos sobre o investimento de cerca de 900 milhões de euros da PT em papel comercial (títulos de dívida de curto prazo) da Rioforte, uma 'sub-holding' do Grupo Espírito Santo (GES).

A bolsa de Lisboa segue a negociar numa Europa igualmente negativa.

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