Nova presidente do Banco Santander ambiciona manter "trajectória de êxito"

Ana Botín, filha de Emilio Botín, presidiu à primeira assembleia de accionistas como líder do Santander.

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Ana Botín homenageou o pai na reunião de accionistas desta terça-feira REUTERS/Eloy Alonso

A presidente do Banco Santander, Ana Botín, comprometeu-se nesta terça-feira a "dedicar o maior esforço" para manter a "trajectória de êxito" realizada pelo seu pai, Emilio Botín, cujo trabalho recordou hoje perante os accionistas da entidade.

Ana Botín, eleita por unanimidade pelo Conselho de Administração do Santander na quarta-feira passada, depois da morte do seu pai, vítima de ataque cardíaco, presidiu hoje à sua primeira assembleia de accionistas.

"Durante os cerca de 30 anos na presidência do Banco, [Emilio Botín] colocou o Santander como primeira entidade da zona euro e como um dos 10 bancos do mundo por capitalização em bolsa", sublinhou a presidente da entidade, garantindo perante os accionistas: "A minha ambição é manter esta trajectória de êxito, à qual vou dedicar o maior dos meus esforços".

Visivelmente emocionada, naquela que foi a sua primeira intervenção pública depois da morte do pai, Ana Botín quis dedicar uma "lembrança muito especial" à memória de Emilio Botín.

Cinco dias depois de assumir o cargo, Ana Botín preside à assembleia extraordinária de hoje, que deverá aprovar a compra de 25% do Santander Brasil, para chegar assim ao controlo de 100% do capital da principal entidade financeira da América Latina.

Esta operação - que poderá custar ao Santander cerca de 5.300 milhões de euros - obriga o grupo a realizar uma ampliação de até 5,8% do seu capital, tendo sido uma das últimas decisões de peso de Emilio Botín.

O Santander considera que a operação terá um impacto positivo no lucro por ação já este ano, com lucros líquidos de cerca de 2.252 milhões de euros, dos quais 75% seriam transformados em dividendos para os accionistas em Espanha.

O Brasil tem sido um dos principais pilares do Santander, especialmente durante os últimos anos de crise.

Em 2013 contribui com cerca de 1.577 milhões de euros para os lucros do grupo, ou seja, mais de um terço do total.

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