Concorrência deu luz verde à venda de cavernas de gás natural da Galp à REN

Operação permite à petrolífera libertar capital e concentrar os investimentos no negócio da produção.

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Galp Energia vai encaixar 71,742 milhões de euros com a venda da concessão de armazenamento subterrâneo de gás natural Joana Camões/Arquivo

De acordo com a informação publicada na página da AdC na Internet, o conselho da autoridade, decidiu, a 6 de Janeiro, "no uso da competência que lhe é conferida [...] adoptar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração".

Segundo a AdC, a operação "não é susceptível de criar entraves significativos à concorrência efectiva no mercado do armazenamento para constituição de reservas de segurança em Portugal continental e no mercado de instrumentos de flexibilidade de aprovisionamento grossistas de gás natural na Península Ibérica".

A 28 de Julho último, o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, afirmou que a venda à REN de parte da sua concessão de armazenamento subterrâneo de gás natural permitia libertar capital e concentrar os investimentos da petrolífera portuguesa no negócio da produção.

"Vendemos porque temos que concentrar os nossos investimentos", justificou então Ferreira de Oliveira sobre a decisão da empresa vender duas cavernas de armazenamento de gás natural em Pombal por 71,7 milhões de euros, bem como os direitos de construção de capacidade adicional.

A concessão é detida pela Galp Energia, através da participada Transgás Armazenagem, e situa-se no Carriço, concelho de Pombal. O acordo entre as duas empresas vai resultar na transmissão parcial da concessão detida pela Galp, integrando as duas cavidades actualmente existentes, os direitos de construção e outros direitos e obrigações associados a estes activos.

A Galp Energia vai encaixar 71,742 milhões de euros com a venda da concessão de armazenamento subterrâneo de gás natural em Pombal, passando a Rede Energética Nacional a deter a totalidade das infra-estruturas.