A agitação desencadeada nos mercados financeiros na semana passada pelas decisões da Reserva Federal norte-americana continua a fazer-se sentir nas bolsas europeias. O PSI-20 segue ao início da tarde a perder perto de 3%, com a banca a penalizar as negociações. Num valor mínimo desde Dezembro, o índice já perdeu 9,9% em quatro sessões.

Por volta das 14h50, o PSI-20 recuava 2,74%, para 5302,21 pontos. O maior recuo pertencia ao BCP. Com uma desvalorização de 6,52%, as acções do banco presidido por Nuno Amado caíram para 0,086 euros.

A cotação do BPI caía 4,4%, com a contracção dos títulos para os 0,869 euros. No sector financeiro, a terceira maior descida pertencia àquela hora ao BES, que desvalorizava 3,035%, para 0,607 euros. Já o Banif recuava 1,02%, para 0,097 euros.

Também a Altri seguia em forte queda, com um recuo de 3,95%, para 1,605 euros. A pressionar o índice estão também a Zon, com um recuo de 4,183%, a Sonae (grupo proprietário do PÚBLICO), com uma contracção dos títulos de 3,184%, a Mota-Engil, Jerónimo Martins, a Galp, a EDP, com descidas acima dos 2,5%.

Perante a possibilidade de a Reserva Federal dos EUA moderar a política expansionista seguida até aqui, as bolsas europeias e norte-americanas reagiram em baixa na semana passada às palavras do presidente da Fed, Ben Bernanke, quando admitiu uma desaceleração das políticas de estímulo no final do ano.

A instabilidade verificada nas últimas sessões continua a repercutir-se nas bolsas europeias, que hoje seguem igualmente em terreno negativo.