Amazon investigada no Japão por suspeita de venda de livros de pornografia infantil

Instalações da representação nipónica alvo de buscas na última semana.

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A Amazon garante que irá dar a sua total colaboração à polícia KAZUHIRO NOGI/AFP

A delegação da loja online Amazon em Tóquio, no Japão, foi alvo de uma busca policial no âmbito de uma investigação à alegada venda livros de pornografia infantil. A empresa já fez saber que irá cooperar inteiramente com as autoridades.

Na origem da investigação está a suspeita de estarem a ser vendidos livros ilegais através da página japonesa da Amazon. Isto depois de em Setembro de 2013 dois homens terem sido detidos por venderem livros de fotografia ilegais através do site, lembra a BBC.

A operação de busca da polícia japonesa ocorreu na sexta-feira mas só agora está a ser revelada pela comunicação social. A agência noticiosa japonesa Kyodo avança que além da sede da Amazon em Tóquio, um centro de distribuição da empresa em Chiba, nos arredores da capital nipónica, e os escritórios de uma filial foram também investigados.

Esta é a segunda operação do género a acontecer nas instalações da Amazon no Japão. Em Novembro último, e no âmbito da mesma investigação, um centro de distribuição associado à empresa situado em Kanagawa também foi revistado.

Segundo a imprensa japonesa, as operações da polícia têm-se intensificado após a descoberta que mais pessoas estariam a tentar vender livros com fotografias de raparigas nuas, com menos de 18 anos, através da Amazon.

A Amazon já veio reagir publicamente à investigação e num comunicado fez saber que irá “cooperar inteiramente com as autoridades”. “Não permitimos itens ilegais no nosso site e temos sistemas e procedimentos criados para prevenir que itens ilegais sejam listados e que sejam removidos”, sublinha a nota.

A lei japonesa impede a divulgação, comercialização e posse de fotografias e vídeos de conteúdo pornográfico que incluam menores de 18 anos. A legislação é, no entanto, omissa quanto às famosas bandas desenhadas manga que em alguns casos desenvolvem personagens muito jovens, de idade dúbia, e em situações de cariz sexual, uma situação que tem sido alvo de fortes críticas de organizações não-governamentais no país.

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