Éramos assim absurdos em 1974

“Eu não tinha posição”, escreve Filomena Mónica no seu Bilhete de Identidade, um retrato de uma época que contém uma verdade inconveniente. Uma maioria estava confortável ou apática com a “situação”.

Foto
Coimbra, Maio de 1972. Esta imagem faz parte da exposição "Revoluções: Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974) – fotografias de Uliano Lucas", patente no Museu do Aljube, até ao dia 30 de Setembro Uliano Lucas

É impossível explicar a quem nasceu muitos anos depois do 25 de Abril a importância do café. Vasco Pulido Valente (de quem o título deste texto é copiado, apenas trocando-se 1963 por 1974) escreveu há muitos anos a mais extraordinária crónica sobre os tempos em que “não havia nada para fazer” e ir ao café beber uma “bica” (ou “cimbalino”, conforme a região de quem lê isto) era o grau máximo da socialização que qualquer pessoa, do operário ao “intelectual”, podia aspirar.

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