Jovens da Casa do Gaiato de Penafiel aceitam pedir desculpa para ser reintegrados

"Aceitamos pedir desculpa para entrarmos de novo", disse à Lusa Adilson Monteiro, um dos 10 rapazes que receberam ordem para abandonarem a casa e que cerca das 18:30 ainda se encontrava junto à entrada principal, acompanhado dos colegas.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar os responsáveis da instituição.

Segundo o jovem ouvido pela agência Lusa, duas mulheres com ligações familiares a ex-alunos da instituição, reuniram-se esta tarde com o director, pedindo-lhe que reconsiderasse na decisão de expulsão.

"À saída, as senhoras disseram-nos que, se pedíssemos desculpa o director, ele deixava-nos entrar", afirmou Adilson Monteiro, mostrando-se esperançado de que os rapazes já possam participar no Terço que está marcado para as 19h30."Esperamos jantar lá. É isso que queremos porque é a nossa casa", acrescentou.

O mal-estar que desencadeou a decisão de expulsão terá surgido porque os rapazes pretendiam jogar futebol no clube daquela localidade, contrariando a vontade do responsável da Casa do Gaiato.

A Casa do Gaiato, também conhecida como "Obra da Rua" ou "Obra do Padre Américo", é uma instituição particular de solidariedade social, fundada pelo Padre Américo Monteiro de Aguiar, com o objectivo de acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens privados de um meio familiar.

Cerca de 40 rapazes, de várias idades, frequentam a "Obra de Rua", em Penafiel.