É um dos dez irmãos do ditador. É general. Foi ministro da Defesa muitos anos e é agora ministro de Estado e da Presidência da República, responsável pela segurança presidencial.

Foi ministro delegado da Segurança Nacional. Em 2004, quando era chefe dos serviços internos de segurança, o New York Times descreveu-o como sendo “talvez o homem mais temido do país” e citou um relatório de 1999 do Departamento de Estado norte-americano em que se lê que é um “torturador” com peculiar malvadez: dava ordens para os seus homens urinarem sobre as vítimas, lhes cortarem as orelhas e untarem os corpos com óleo para atrair formigas.

É irmão de Constancia Mangue Nsue Okomo, a primeira-dama, e ex-embaixador da Guiné Equatorial em Washington.

Antonio Engonga Oburu Ondó não é um Obiang, mas é considerado uma das pessoas mais próximas do ditador, segundo a imprensa especializada como o Africa Intelligence e o Diario Rombe. É casado com Cándida Okomo Nsue Mensa, sobrinha do Presidente, e foi nomeado em 2015 para o topo máximo da GEPetrol, a empresa estatal de petróleo. Estudou Economia na Universidade Nacional da Guiné Equatorial, em Malabo, na Faculdade de Economia e Empresas da Universidade do País Basco, e fez uma pós-graduação no College of Petroleum and Energy Studies da Universidade de Oxford. Tem 44 anos.

Popular cantora de R&B, Cándida Okomo Nsue Mensa é filha de Teodoro Byogo Nsue Okomo, chefe do protocolo do Presidente e irmão de Constancia Mangue Nsue Obiang, a primeira-dama. O seu tio, Candido Nsue Okomo, foi director-geral da GEPetrol até à nomeação de Antonio Engonga Oburu Ondó em 2015. Oburu Ondó é o marido de Cándida Mensa. O casal forma o topo de uma das principais empresas estatais do país: ele é director-geral, ela é directora-geral adjunta. O presidente Obiang nomeou-a em 2017 vice-directora-geral da GEPetrol, responsável pelas Operações e Projectos da Empresa Petrolífera.

Pastor é irmão gémeo de Justo. É casado com Eliana Rodrigues Murargy, filha de Issac Murade Murargy, actual consultor de Obiang para a CPLP e ex-secretário executivo da CPLP em Lisboa. O filho de ambos chama-se Teodoro Hassan Obiang Murargy. Pastor apareceu nos Panama Papers por ser accionista da sociedade offshore Huambo Corporation. Foi educado na Suíça. Segundo a Africa Intelligence, criou em Moçambique a Edge Development Co. A Indian Ocean Newsletter refere que está vinculado aos negócios do clã presidencial através da sociedade Awake, na qual, segundo o Diario Rombe, terá com o irmão gémeo Justo 5% das acções.

Justo é irmão gémeo de Pastor. Não há registo de que tenha profissão ou de que ocupe um cargo público. Vive na Suíça. Esta semana, a dois dias dos 50 anos da independência da Guiné Equatorial, foi promovido a coronel.

Conhecido por “Teodorin”, é vice-Presidente desde 2016. Tem a pasta da Segurança e Defesa. A três dias dos 50 anos da independência foi promovido a general. Foi ministro da Agricultura e das Florestas, um sector crucial no país, que além do petróleo exporta madeira. Tem fama de playboy extravagante. Foi condenado em França a três anos de prisão com pena suspensa por lavagem de dinheiro, corrupção e roubo de dinheiros públicos. Estudou na Ecole des Roches, na Normandia, e na Universidade de Pepperdine, em Malibu, Califórnia. Tem 50 anos. Há 20 anos que é apontado como o favorito do pai para a sucessão.

“Paquita” comanda a GE-Proyectos a partir de Espanha, onde vive há um ano, disseram ao PÚBLICO duas fontes. No seu site pessoal, autodefine-se pela “capacidade de reacção em situações conflituosas ou difíceis”. Pela GE-Proyectos passa a execução dos projectos de construção. Está na empresa há 12 anos. Estudou Gestão de Obra na Eastern Michigan University, EUA. Começou por ser directora de supervisão e controlo da GE-Proyectos. Começou por ser directora de supervisão e controlo. Quando foi promovida a vice-presidente, antes de chegar a presidente, a agência tinha em mãos mais de três mil projectos para organizar.

É considerado um forte candidato à sucessão. A mãe, Celestina Lima, é de São Tomé e Príncipe e a segunda-dama. “Há quem tenha reservas por não ser filho da primeira-dama e ter uma mãe estrangeira; alguns não o vêem como 100% equato-guineense”, diz o empresário português Manuel Azevedo. “Mas nunca é uma carta fora do baralho.” Celestina Lima tem cinco filhos com Obiang. Há anos que observadores referem que Gabriel Lima é o preferido das petrolíferas e do círculo próximo do ditador externo à família da primeira-dama. Terá uma das maiores fortunas do país, com bens na Europa e África ocidental.

Ruslan Obiang Nsue foi secretário de Estado da Juventude e Desporto. Foi promovido a primeiro-vice-director-geral da companhia aérea nacional há menos de um ano, a CEIBA Intercontinental, na qual era director comercial. Foi presidente do clube The Panthers. Vive em Valência, Espanha. A CEIBA tem um contrato com a White, a empresa portuguesa que transporta o presidente Obiang nas viagens longas. Segundo a Vanity Fair, casou-se em Madrid, em Junho, com Marie Paula Sylva, “diplomada em Organização de Eventos, Relações Institucionais e Protocolo e ex-Miss Senegal-Espanha”.

Foi adjunta da delegação da Guiné Equatorial no Banco dos Estados de África Central, ao qual pertencem a Guiné Equatorial, Camarões, Gabão, Congo, República Centro-Africana e Chade. Aparece citada em queixas de pessoas com más experiências no país, como é o caso do espanhol Roberto Cubría, empresário, que em 2013 o El País descrevia como a última “vítima do sistema corrupto que entope a administração”. Cubría esteve 59 dias refugiado na embaixada espanhola em Malabo, “para escapar às pressões de Genoveva”. Durante dois meses não saiu à rua. Teve o passaporte confiscado e exigiam milhares de euros para poder regressar a Espanha.

Em 2014, Obiang nomeou o filho Carmelo Obiang para secretário de Estado da Segurança Nacional. É coronel, foi comandante da Força Especial do Exército e director-geral adjunto da Segurança Nacional.