Uma casa, três quadrados: uma “escultura” viva em Afife

José Campos
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São três quadrados à beira da capela: uma piscina, uma casa e o espaço que as separa, todos com os mesmos 8,6 metros de lado. Não queriam que a casa de férias em Afife viesse “perturbar a harmonia” da capela que já morava naquela freguesia rural de Viana do Castelo. Ao mesmo tempo, não quiseram que fosse "submissa à sua presença.” E isso, explica o arquitecto Guilherme Machado Vaz, “teve muita influência no projecto”. 

O bloco “regular, compacto e vertical” respeita “um tipo de construção tradicional no Minho”. Com as portadas todas fechadas, a fachada torna-se “a negação de si mesma” — e transforma a habitação “numa escultura”, um aparente bloco geométrico sem nada dentro. Mas é uma casa e, por isso, há vida no interior. “Nota-se um contraste muito grande entre o interior e o exterior”, diz o arquitecto. “As caixilharias são de madeira, assim como o rodapé do piso de entrada, e ambos estão pintados com tonalidades utilizadas em tempos idos.”

Quiseram fugir “à casa muito minimalista, toda branca por dentro, que mais parece um laboratório” e antes regressar “às memória de uma casa antiga, que faz lembrar o conforto das casas onde crescemos”. Um pormenor: quando se abrem as portadas do lado da casa voltado para a capela, as portadas estão pintadas de dourado, como que em comunhão com a talha dourada da capela.

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