As entranhas de “Bácoro”

Fotogaleria

Um bairro sobre rodas, um palco cru e os bastidores — por onde circulou o fotojornalista Paulo Pimenta. "Bácoro", a peça da Palmilha Dentada, até ao dia 16 de Outubro, no Teatro Carlos Alberto, no Porto, põe em cena "A Vila", escultura que estava escondida na cabeça (e na mesa de trabalho) da artista plástica Sandra Neves. "A Vila", uma máquina cortada e articulada em chapa de ferro, está no hall do teatro. Na sala principal está a vila ferrugenta em tamanho (quase) real, com o estendal da discórdia, as casinhas esguias e disformes que parecem nunca tocar no chão, as festas que unem a vizinhança, os provérbios, as teimosias, as invejas, os medos, os vícios e as virtudes transformados em expressões que as marionetas vão roubando aos actores.