The Dogist: fotografar cães como se fossem humanos
Uma câmara fotográfica, uma bola de ténis estridente, guloseimas para cães e umas protecções para os joelhos. Sempre que Elias Weiss Friedman sai à rua em busca de candidatos para a sua série fotográfica são estes os materiais que nunca esquece (as protecções servem para que se possa ajoelhar sem constrangimento e chegar ao nível dos olhos dos retratados). O fotógrafo de 28 anos anda há quase dois anos a fazer retratos de cães como se fazem retratos de humanos: com alma, olhos nos olhos, como se também os bichos de quatro patas estivessem comprometidos com o momento. A maioria dos animais foram fotografados em Nova Iorque, onde Friedman vive, mas há focinhos originários de mais 30 cidades, um pouco por todo o mundo. Com mais de 1,4 milhões de seguidores no Instagram, o fotógrafo achou agora que estava na hora de transformar o projecto The Dogist num livro onde estão retratados mil cães — com as respectivas histórias — e que pode ser adquirido online. No site do projecto, Friedman criou ainda uma secção solidária chamada "Give o Bone": quem quiser ajudar pode comprar um osso que será entregue pessoalmente pelo jovem fotógrafo a um cão de um abrigo. Com direito a fotografia para a prova e um agradecimento posterior no blogue. Segredo final de Elias Weiss Friedman para conseguir os olhares comprometidos dos animais: o fotógrafo aprendeu com uma tia veterinária a imitar três latidos diferentes de cães. A julgar pelas expressões caninas, as imitações devem ser boas.