The Happy Mess: longe de tudo, perto da música

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Foram "para o meio da floresta fazer música". Não é puro romantismo. No início de Fevereiro, os The Happy Mess fizeram uma residência artística em Paredes de Coura, a convite da autarquia, e pelo meio estiveram à conversa com jovens courenses e deixaram espreitar os bastidores. Durante quatro dias, "fora da realidade e da rotina", "longe de tudo e de todos", inclusive "da internet, da televisão, das notícias", todas as atenções foram voltadas para o simples acto de "criar", como contou ao P3 Miguel Ribeiro, vocalista da banda e pivô da SIC Notícias. Uma experiência "muito cansativa" ("acordávamos às 10h e estávamos até às 4h a experimentar"), mas "extraordinária". E, assim, terminaram o novo disco, o primeiro que lançam pela Sony Music Portugal, que verá a luz do dia em Setembro. Um trabalho, talvez, mais "experimentalista". O silêncio, "quebrado apenas pelos passarinhos", fez com que as "músicas se abrissem mais ao instrumental", mas a linha pop-indie mantém-se. Ao fim de um EP e de um álbum, em parte impulsionado pelo sucesso de "Morning Sun", já não são a simples banda de amigos. A estrutura mudou, quase todos os membros são músicos profissionais e, agora, o objectivo passava por criar uma assinatura. "Queríamos muito criar uma sonoridade própria (...) e acabamos por encontrar um espírito no disco. É um álbum coeso, um universo que vai muito mais longe do que o primeiro disco." Prometem-se elementos rock, indie, psicadélicos e muito mais. Até Abril, mês em que já será possível escutar o novo single, os The Happy Mess continuarão focados no novo trabalho, que conta com a produção de Rui Maia. AR