Capicua numa ponte romana e no palco principal

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Ouvimo-la na ponte romano-medieval de Peorada, com a sua voz erguendo-se sobre o rumor das águas do rio e dos sons de pássaros e insectos. Foi o primeiro concerto das Vodafone Music Sessions. O conceito é tão simples quando cativante: algumas dezenas de pessoas são convidadas a assistir a concertos surpresa em locais improváveis, como uma ponte romana perdida no Minho, outrora parte da via romana que ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga, Espanha). Foi ali que ouvimos Capicua a sós com as palavras. “A minha ligação à música é sempre feita através delas”, explicou no início, antes nos mostrar “Sereia louca” sem instrumental, antes de recitar a “Sardenta” de Cesário Verde, primeiro, e, depois, a sua resposta em verso ao poeta lisboeta. Foi como que um workshop do pensamento Capicua: a sua feminilidade, o seu activismo, o seu romantismo, o seu gosto pela palavra falada e rimada. Foi uma introdução para o que aconteceu ao início da noite, no palco principal de Paredes de Coura. "Nunca pensei estar neste palco".

Lê a reportagem do primeiro dia no PÚBLICO.