Manniche, o alto e loiro

Antigo goleador do Benfica é funcionário do FC Copenhaga, primeiro adversário do Benfica na Liga dos Campeões. "Tenho em cima da televisão a minha camisola com o símbolo da Shell"

Parece uma brincadeira de mau gosto. No próximo dia 13, o Benfica apresenta-se na Dinamarca para o primeiro duelo na Liga dos Campeões frente ao FC Copenhaga, equipa que se faz representar por uma cabeça de leão - e azul. Pior só mesmo se o clube dinamarquês tivesse do seu lado um Manniche muito familiar, um Michael Manniche com mais vinte anos do que aquele que, na década de oitenta, marcou 75 golos ao serviço do clube da Luz. Em Copenhaga, o PÚBLICO encontrou "Manne", uma das lendas vivas do Benfica e que acabou a sua carreira como futebolista precisamente no "FC Co".Manniche - é mesmo assim, com dois "n" - circulava com um sorriso nos lábios nas imediações do Parken Stadium, entre as filas quilométricas que conduziam aos bilhetes para a Liga dos Campeões. O Benfica está lá, no Grupo F. O FC Copenhaga também. E Manniche já traçou a sua estratégia: "Agora trabalho no FC Copenhaga... Mas, quando o Benfica jogar com o Celtic ou com o Manchester, tenho em casa, em cima da televisão, a minha camisola com o símbolo da Shell". Manne está com 47 anos. Bem lá atrás ficaram as 11 internacionalizações pela Dinamarca, os 132 jogos e os 75 golos pelo Benfica entre 1983 e 1987. E os títulos. Sabe tudo de cabeça: "Quatro épocas, dois campeonatos, três Taças e dois jogos com o Liverpool, na altura uma das melhores equipas do Mundo".
"Todos os dias penso em qualquer coisa do Benfica na minha vida. Ainda me lembro de algumas palavras em português", alerta Manniche. Sabe-as quase todas - noventa por cento desta conversa decorreu em português. Entre sorrisos, soube por exemplo recordar a expressão "altos e loiros" para descrever a equipa anfitriã do Benfica na "Champions". "Temos força, mas tecnicamente o Benfica é melhor", disse Manniche, alto, loiro, com barba de três dias, rugas e brancas de 47 anos. A estrela dinamarquesa ainda jogou no FC Copenhaga antes da fusão do B 1903 com o KB (Manniche pertenceu à primeira equipa). Jogou até ao dia 17 de Abril de 1996, foi treinador adjunto e hoje em dia encabeça o projecto Global Goal (www.globalgoal.dk), um conceito inovador de treino que permite o aperfeiçoamento técnico dos futebolistas - "desperta o brasileiro que há em ti", pode ler-se nas brochuras.
Por estes dias, Manniche, cuja previsão no Grupo F passa pela conquista de "dois, três, quatro pontos", só lamenta o facto de Maniche (o outro) não ter sido convocado por Luiz Felipe Scolari. "Um dia, disseram-me: "Há um juvenil com o teu nome no clube". Mas não o conheço pessoalmente. Seria engraçado falar com ele. Seria uma honra". Maniche dirá o mesmo.
Parece uma brincadeira de mau gosto. No próximo dia 13, o Benfica apresenta-se na Dinamarca para o primeiro duelo na Liga dos Campeões frente ao FC Copenhaga, equipa que se faz representar por uma cabeça de leão - e azul. Pior só mesmo se o clube dinamarquês tivesse do seu lado um Manniche muito familiar, um Michael Manniche com mais vinte anos do que aquele que, na década de oitenta, marcou 75 golos ao serviço do clube da Luz. Em Copenhaga, o PÚBLICO encontrou "Manne", uma das lendas vivas do Benfica e que acabou a sua carreira como futebolista precisamente no "FC Co".
Manniche - é mesmo assim, com dois "n" - circulava com um sorriso nos lábios nas imediações do Parken Stadium, entre as filas quilométricas que conduziam aos bilhetes para a Liga dos Campeões. O Benfica está lá, no Grupo F. O FC Copenhaga também. E Manniche já traçou a sua estratégia: "Agora trabalho no FC Copenhaga... Mas, quando o Benfica jogar com o Celtic ou com o Manchester, tenho em casa, em cima da televisão, a minha camisola com o símbolo da Shell". Manne está com 47 anos. Bem lá atrás ficaram as 11 internacionalizações pela Dinamarca, os 132 jogos e os 75 golos pelo Benfica entre 1983 e 1987. E os títulos. Sabe tudo de cabeça: "Quatro épocas, dois campeonatos, três Taças e dois jogos com o Liverpool, na altura uma das melhores equipas do Mundo".
"Todos os dias penso em qualquer coisa do Benfica na minha vida. Ainda me lembro de algumas palavras em português", alerta Manniche. Sabe-as quase todas - noventa por cento desta conversa decorreu em português. Entre sorrisos, soube por exemplo recordar a expressão "altos e loiros" para descrever a equipa anfitriã do Benfica na "Champions". "Temos força, mas tecnicamente o Benfica é melhor", disse Manniche, alto, loiro, com barba de três dias, rugas e brancas de 47 anos. A estrela dinamarquesa ainda jogou no FC Copenhaga antes da fusão do B 1903 com o KB (Manniche pertenceu à primeira equipa). Jogou até ao dia 17 de Abril de 1996, foi treinador adjunto e hoje em dia encabeça o projecto Global Goal (www.globalgoal.dk), um conceito inovador de treino que permite o aperfeiçoamento técnico dos futebolistas - "desperta o brasileiro que há em ti", pode ler-se nas brochuras.
Por estes dias, Manniche, cuja previsão no Grupo F passa pela conquista de "dois, três, quatro pontos", só lamenta o facto de Maniche (o outro) não ter sido convocado por Luiz Felipe Scolari. "Um dia, disseram-me: "Há um juvenil com o teu nome no clube". Mas não o conheço pessoalmente. Seria engraçado falar com ele. Seria uma honra". Maniche dirá o mesmo.

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