O que for será, dizem e cantam os Sogranora, no dia em que publicam um novo EP

Já lá vão oito anos desde que o trio foi criado, ou seja, quando Tomás Andrade, Vasco Gomes e Ricardo Sebastião se conheceram num clube de basquetebol e decidiram unir os seus conhecimentos musicais num grupo a que deram o nome de Sogranora. Tomás e Vasco haviam estudado no Hot Clube, Ricardo seguiu a via autodidacta, e agora, a par da banda que criaram, são todos eles professores de música, com formação pela ETIC e pela ESML.

O que os inspirou? Segundo a biografia do trio, não lhes faltam influências, de John Mayer a Tame Impala, Capitão Fausto, Ornatos Violeta, Vampire Weekend, Radiohead, The Beatles, Beach Boys, Fausto, Chet Baker, Depeche Mode ou Massive Attack, entre outros. Após a criação do grupo, em 2016, lançaram um primeiro single em 2019, Semilisboeta, a que se seguiram (além de outros singles) os EP Altivez e Castigo (2020) e Amarílis (2023). No início de Maio, publicaram o single e videoclipe de Sereias do mal, primeiro tema do seu novo EP, Dançar Sobre Arquitetura, que é lançado esta sexta-feira, e que conta com um novo videoclipe, O que for será. O novo EP, diz-se no texto que acompanha o lançamento, “é o primeiro em que todos os elementos da banda assumem a voz principal e inclui 5 canções com letra, música e produção da própria banda”, constituída por Ricardo Sebastião (voz, guitarra, baixo, sintetizadores), Tomás Andrade (guitarra, baixo, sintetizadores, voz) e Vasco Gomes (bateria, sintetizadores, voz). O que for será, dizem, é “um grito de libertação e crescimento pessoal, uma necessidade de despertar e um mantra que nos lembra que a vida fluirá sempre como tiver de ser, de forma genuína e não forçada”.

Quanto ao EP, e ainda citando o trio, contém “histórias e pensamentos sobre desamor”: “O Frank Zappa disse uma vez que ‘falar sobre música é como dançar sobre arquitectura’. Gostámos muito deste conceito e achámos que faria sentido para estas músicas, que são canções sem grandes preconceitos ou racionalizações. São apenas para se sentir e levam-nos a dançar sobre a arquitectura complexa dos nossos pensamentos e sentimentos”.