Polícias: “O subsídio de missão é uma questão prioritária”, garante Telmo Correia

Secretário de Estado da Administração Interna avisa polícias para protestarem dentro da lei. Ministra reúne-se esta segunda-feira às 16h30 com representantes da GNR e às 18h com sindicatos da PSP.

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Esta segunda-feira, Governo começa a negociar com os representantes da GNR e da PSP Rui Gaudêncio (arquivo)
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“O subsídio de missão é uma questão prioritária” e é o tema central das negociações que arrancam esta segunda-feira entre o Ministério da Administração Interna e os sindicatos da GNR e da PSP. Isso mesmo foi assumido pelo secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, numa pequena entrevista dada à Rádio Renascença.

As reuniões vão ser lideradas pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e devem contar com a presença de um responsável do ministério das Finanças. Para as 16h30 está marcado o encontro com cinco associações profissionais da GNR e para as 18h a reunião com seis sindicatos da PSP.

Telmo Correia explica que neste início dos trabalhos vai ser definido o calendário das negociações e os seus pressupostos: “Aquilo que foi assumido pela senhora ministra Margarida Blasco foi que nós definiremos um calendário negocial, o chamado protocolo negocial e os pressupostos dessa negociação”.

O governante explica que “há muitos modelos possíveis, porque as carreiras são muito mais complexas do que as pessoas possam pensar”. E acrescenta: “As disparidades entre a PJ, que já tem este suplemento, a GNR e a PSP são muitas”.

Questionado sobre se há dinheiro para tudo, numa área em que há problema de equipamentos, instalações e de condições de trabalho, Telmo Correia respondeu: “Não há dinheiro para tudo, mas isso é governar. É necessário estabelecer prioridades e é isso que estamos a fazer”.

Já sobre os protestos dos polícias no dia 25 de Abril sugeridos numa carta anónima que corre as redes sociais, o governante afirma que não está preocupado. “Foi exactamente para isso que se fez o 25 Abril. Não há nada mais simbólico no 25 de Abril, tirando a liberdade de expressão, do que o direito das pessoas se manifestarem”, sustenta.

Telmo Correia aproveita, contudo, para deixar um aviso ao lembrar que os polícias “não podem é manifestar-se ilegalmente”, nomeadamente exercendo “algum tipo de violência, passando barreiras”. E remata: “O Governo será largamente intolerante com tudo aquilo que seja para além da lei”.

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