Bayer Leverkusen. Xabi Alonso colocou um ponto final no “Neverkusen”

O Bayer Leverkusen derrotou, neste domingo, o Werder Bremen, por 5-0, e garantiu a cinco jornadas do fim da Bundesliga um inédito título na Liga alemã.

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O Leverkusen fez a festa de campeão da Alemanha DR
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A festa dos jogadores do Bayer Leverkusen DR
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Os adeptos do Bayer fizeram a festa do título DR
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Xabi Alonso, treinador do Bayer Leverkusen DR
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Os jogadores do Bayer festejaram cinco vezes frente ao Werder Bremen DR
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Na história do maior clube de Leverkusen, fundado em 1904 por trabalhadores da farmacêutica Bayer, os anos áureos ficaram associados às maiores frustrações para os seus adeptos. Entre 1996/97 e 2001/02, o Bayer Leverkusen foi por quatro vezes vice-campeão alemão, mas o ano de 2002 foi o mais traumatizante. Para além de terem perdido o título para o Dortmund por um ponto, os “farmacêuticos” foram batidos na final da Taça da Alemanha e da Liga dos Campeões. Estes desaires ao fim de quatro rótulos de “vice” em seis temporadas consecutivas da Bundesliga, colocaram no clube o carimbo de “Neverkusen”. O estigma, no entanto, chegou neste domingo ao fim pela mão de Xabi Alonso: sem qualquer derrota no currículo, o técnico dos alemães garantiu ao Bayer uma inédita conquista da Liga alemã.

A proeza alcançada pelo antigo jogador do Liverpool, Real Madrid e Bayern Munique, torna-se ainda maior pela forma como o Bayer conseguiu ser o 13.º clube alemão a ganhar a Bundesliga. Na segunda época em Leverkusen, Xabi Alonso ainda não perdeu em jogos oficiais – 38 vitórias e cinco empates – e tornou-se nos dos treinadores a conseguir assegurar o título germânico em menos jornadas, sendo apenas superado pelo Bayern de Jupp Heynckes (2012/13) e de Pep Guardiola (2013/14).

Apesar da festa ter arrancado em Leverkusen logo após o Bayer golear em casa na 29.ª jornada o Werder Bremen, por 5-0, Xabi Alonso tinha alertado na antevisão da partida que não havia ainda “muito a celebrar”. Mesmo antes de assegurar o título alemão, o treinador já estava a pensar no objectivo seguinte e, embora precisasse de vencer o Werder Bremen para fechar já as contas na Bundesliga, Alonso poupou jogadores fulcrais para a equipa, como Grimaldo, Frimpong, Wirtz ou Schick.

Isto, porque o Bayer na quinta-feira vai defender em Londres, frente ao West Ham, uma vantagem de 2-0 nos quartos-de-final da Liga Europa. Para além da prova europeia, Xabi Alonso pode ainda acrescentar mais outro título a uma época impressionante: a 25 de Maio, vai defrontar o Kaiserslautern na final da Taça da Alemanha.

Por tudo isto, o técnico de 42 anos tornou-se no alvo número 1 de quase todas as grandes equipas europeias que procuram treinadores para a próxima temporada. No entanto, com a possibilidade de suceder a Jürgen Klopp no Liverpool ou a Thomas Tuchel no Bayern Munique, Alonso foi pelo caminho menos óbvio: “Tem-se especulado muito sobre o meu futuro. Na semana passada informei que a minha decisão é continuar a ser treinador do Bayer Leverkusen. Neste momento sinto que é o lugar certo para mim. Ainda sou um jovem treinador, mas penso que esta é a melhor decisão para o meu futuro. O meu trabalho aqui ainda não acabou.”

Liverpool e Arsenal derrotados
Em Inglaterra, em menos de meia dúzia de horas Liverpool e Arsenal estenderam a passadeira do título ao Manchester City. Um dia depois de os “citizens” golearem o Luton Town, por 5-1, “reds” e “gunners” tinham a possibilidade de continuarem a repartir a liderança da Premier League a cinco jornadas do fim, mas as equipas de Klopp e de Mikel Arteta foram derrotadas, permitindo que o City subisse ao primeiro lugar, com mais dois pontos do que os rivais.

O primeiro a ir ao tapete foi o Liverpool. Depois da pesada derrota a meio da semana contra a Atalanta, os “reds” voltaram a jogar em Anfield Road e voltaram a perder: o médio Eberechi Eze, aos 14’, fez o golo que garantiu o triunfo do Crystal Palace.

Sabendo que o Liverpool tinha perdido, o Arsenal tinha a possibilidade de assumir a liderança isolada, mas os londrinos foram derrotados no Emirates Stadium pelo Aston Villa, por 2-0.

Em Itália, o Udinese-AS Roma da Serie A foi suspenso aos 72 minutos, depois do defesa Evan Ndicka, da equipa romana, sentir uma indisposição: o central queixou-se de dores no peito. Ndicka ainda chegou a ser substituído, mas após uma conversa entre os capitães e o árbitro, o encontro não foi retomado.

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