Marco Santos volta aos discos em sexteto com Everyone is the One, a lançar este ano

Primeiro foi Ode Portrait, em 2013. Depois, Evocations, lançado em 2022 e gravado durante o período da pandemia, trabalho multidisciplinar e de fôlego onde participaram 25 criadores, entre músicos, artistas visuais e bailarinos. Agora, chegado a 2024, o músico e compositor Marco Santos prepara-se para lançar no segundo semestre deste ano um novo álbum, Everyone is the One, desta vez integrado num sexteto que, além dele, na bateria, conta com Ricardo Toscano (saxofone), Diogo Duque (trompete), André Rosinha (contrabaixo), Óscar Graça (piano) e Tiago Oliveira (guitarra). O disco foi antecedido de dois concertos em Lisboa: o primeiro do Auditório do Liceu Camões, no dia 14 de Fevereiro (integrados na Temporada de Concertos Antena 2) e o segundo no Espaço Bota, aos Anjos, no dia 6 de Março. Nestes concertos, o trompetista foi João Moreira, devido à ausência de Diogo Duque no Brasil. Além disso, foi lançado em single um primeiro tema do disco, Limitless. Outros são Everyone is the one (o tema-título), ManKind vs KindMan, State of Being, Innerhome e Humming for peace. No texto que anuncia este novo álbum de Marco Santos, ele é descrito como “um registo da memória dos seus últimos 15 anos, onde cada tema procura reconstituir uma experiência importante da sua vida ou um momento de transformação pessoal, a que o próprio autor chama de ‘cicatrizes musicais’. São memórias de momentos da sua vida pessoal e artística, mas também de muitas viagens e partilhas culturais e musicais.”

Nascido em Pombal, a 30 de Novembro de 1981, Marco Santos começou a tocar ainda novo numa banda filarmónica como percussionista, nos arredores de Lisboa, e foi em Lisboa que, aos 14 anos, ingressou no Conservatório Nacional de Música para estudar percussão clássica. Tocou com orquestras na área da música clássica (Orquestra Gulbenkian, Metropolitana e outras) e mais tarde começou a entrar nos territórios do jazz e da música do mundo. Estudou também no Hot Clube, embrenhou-se nas sonoridades da música africana (frequentou o B.Leza, ainda nas antigas instalações do Conde Barão) e a partir de 2007 resolveu instalar a sua base nos Países Baixos, ampliando entretanto as suas ligações artísticas à dança, em trabalhos com Rui Horta, Clara Andermatt ou o holandês NDT (Nederland Dans Theater). Neste campo, Marco Santos é fundador de dois grupos: a United Art Movement (UartM), sediada nos Países Baixos, criando um evento anual desde 2015 com o objectivo principal de promover a união de várias formas de arte num só palco; e da Companhia do Corpo – Pulsar, esta em Lisboa, “onde promove o diálogo entre a música, dança e teatro com um único instrumento, o corpo”.