Adega Cartuxa abre novo enoturismo em Évora após melhor ano de sempre em 2023

O “gigante” de Évora recebeu mais de 30 mil visitantes no ano passado, quase 40% mais do que em 2022. Fruto desse sucesso, acaba de abrir uma nova unidade no centro da cidade.

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O novo espaço de enoturismo no Páteo de São Miguel, no centro histórico de Évora. Direitos Reservados
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A Adega Cartuxa, de Évora, alcançou o melhor ano de sempre no seu enoturismo em 2023, com mais de 30 mil visitantes, e abriu este mês uma nova unidade no centro da cidade, foi anunciado esta terça-feira.

Segundo o seu director, João Teixeira, a casa vitivinícola, propriedade da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), viu a sua actividade de enoturismo crescer quase 40% em 2023, face ao ano anterior.

"Em 2022, já estávamos bastante satisfeitos, porque tínhamos atingido os 22 mil visitantes", disse à agência Lusa. [Mas em 2023] tivemos o melhor ano de sempre." Com cerca de 30.400 pessoas a visitarem a Cartuxa, partilhou.

No ano passado, o bom desempenho da adega também se observou na facturação anual, que passou para os 25 milhões de euros, ou seja, superior aos 23,6 milhões registados em 2022, disse João Teixeira, qualificando 2023 como "um ano recorde".

Segundo o responsável, em termos de enoturismo, os brasileiros ainda são a maioria dos visitantes da unidade da Adega Cartuxa na Quinta de Valbom, nos arredores de Évora, mas o peso dos turistas oriundos do Brasil diminuiu em relação a anos anteriores.

"Estávamos habituados a ter [percentagens de] 60% e 70% de visitantes brasileiros, como tivemos em 2019, mas, em 2023, o peso foi de 57%", adiantou, referindo que, ainda assim, este mercado cresceu no ano passado.

O director da Adega Cartuxa revelou ainda que os visitantes nacionais e de outros países "cresceram proporcionalmente mais" do que os oriundos do Brasil.

João Teixeira é o director da Adega Cartuxa, propriedade da Fundação Eugénio de Almeida Direitos Reservados
Pormenor do interior do novo espaço de enoturismo da Cartuxa no Páteo de São Miguel, no centro histórico de Évora Direitos Reservados
Pormenor das pinturas no tecto do novo enoturismo da Cartuxa no Páteo de São Miguel Direitos Reservados
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João Teixeira é o director da Adega Cartuxa, propriedade da Fundação Eugénio de Almeida Direitos Reservados

A seguir aos brasileiros, foram os portugueses que mais visitaram o enoturismo da Cartuxa e, depois, no terceiro lugar, ficaram os turistas norte-americanos e ingleses, seguindo-se os espanhóis e, por fim, os franceses.

Dos cerca de 30.400 visitantes, "cerca de 22 mil fizeram, com marcação, a visita e prova de vinhos" e os restantes oito mil "fizeram só a visita e, eventualmente, a aquisição de produtos [da marca] na loja do enoturismo", notou o responsável.

Novo espaço no centro histórico

Precisamente porque a unidade na Quinta de Valbom corre tão bem (regista, em alguns períodos, uma taxa de ocupação de 100%), a Adega Cartuxa abriu este mês um novo espaço de enoturismo no Páteo de São Miguel, no centro histórico de Évora.

"Na Quinta de Valbom, a temática da visita é muito focada na adega, na vinha e no antigo edifício, que remonta ao século XVI e onde temos os tonéis do [vinho] Pêra-Manca a estagiar e ainda se produz o vinho de talha", frisou.

na nova unidade de enoturismo, além da prova de vinho, pretende-se proporcionar ao visitante uma experiência cultural sobre a história e a missão da FEA.

O visitante pode também conhecer o Palácio dos Condes de Basto, que chegou a ser residência do rei D. Sebastião, na primeira metade da década de 70 do século XV, quando estudou em Évora, e os respectivos jardins.

"O palácio foi comprado pela família Eugénio de Almeida ainda antes da [criação da] fundação" e "foi recuperado para sua residência", sendo que, "com a passagem para a FEA, ficou disponível para visitas", acrescentou.

O Páteo de São Miguel acolhe, actualmente, a sede e os escritórios da fundação e o pólo museológico da Colecção de Carruagens da família Eugénio de Almeida, entre outras valências da instituição.

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