Lexus LBX, requinte compacto num híbrido a privilegiar eficiência

O braço premium da Toyota entra num segmento muito querido na Europa, o dos utilitários compactos. O mais pequeno Lexus de sempre apresenta-se a partir de 34.500€.

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Lexus LBX DR
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Ainda não é a versão mais acessível que acabou de se estrear nos concessionários lusos. Para essa será preciso esperar por Julho. Mas, com as versões Elegant (desde 38.750€), Emotion (a partir de 41.750€), Relax (44.250€), Cool e Cool + (44.600€ e 47.750€, respectivamente) já é possível perceber como a Lexus se prepara para conquistar uma fatia dos clientes de marcas premium que procuram utilitários compactos, tendo concretizado 50 vendas ainda antes da chegada do modelo — o que é, dizem os responsáveis, um bom número para a marca.

Com 4190mm de comprimento, 1825 mm de largura e 1545 mm de altura (a distância entre eixos é de 2,58 m), o LBX insere-se no segmento B (dos utilitários compactos) e apresenta-se com um único grupo motopropulsor, híbrido de 136cv, que reúne um motor a gasolina de 1,5 litros, um pequeno engenho eléctrico e uma bateria de níquel-hidreto metálico, a produzir um binário máximo de 185 Nm, cujo único defeito é o ruído produzido pela caixa de variação contínua. De resto, a resposta é suficientemente animadora, tanto no rame-rame da cidade como quando se espera um pouco mais de nervo, em auto-estrada ou estrada, ainda que a sua maior mais-valia seja a eficiência.

Da breve experiência durante uma apresentação à imprensa, foi notória a capacidade deste Lexus de se desembaraçar das mais variadas situações, mas os momentos mais agradáveis de condução dão-se em ambiente urbano, em que o sistema privilegia o modo eléctrico — e silencioso.

No exterior, o LBX rompe, de certa forma, com a herança Lexus, trocando a conhecida grelha fusiforme por uma trapezoidal, assumindo ainda uma nova assinatura luminosa. Tudo para, apesar das dimensões compactas, se conseguir afirmar pela presença musculada.

Mas o que mais salta à vista é a muito boa qualidade percepcionada do seu interior, em que a maioria dos materiais é suave ao toque, mesmo alguns mais escondidos, e os bancos oferecem uma boa posição de condução, menos elevada do que aquela que a maioria dos crossovers propõem, mas que compensa na condução envolvente.

O cockpit é focado no condutor, respeitando o conceito “tazuna”, que pode ser traduzido por “rédeas de um cavalo”. Ou seja, a ideia é a de que o condutor deve poder controlar o automóvel da mesma forma que um cavaleiro comanda o seu cavalo, tendo os controlos e as fontes de informação dispostos de forma a que apenas sejam necessários pequenos movimentos da mão e do olhar para a operação. Tudo para que não haja lugar a distracções (e assim evitar o alerta de falta de atenção, cujo som tanto chateia).

A instrumentação é digital, assente num ecrã que pode ir de 7’’ às 12,3”, e todo o sistema de infoentretenimento pode ser gerido num ecrã central táctil de 9,8 polegadas, compatível com Apple CarPlay (sem fios ou por cabo) e com Android Auto (apenas por cabo). Em algumas versões, é incluído um sistema de head-up display a cores, que projecta as informações essenciais da condução no pára-brisas. No entanto, não foram extintos os botões físicos, nomeadamente para controlar a climatização.

À frente, o espaço do LBX é generoso, mas atrás a conversa é outra, sobretudo para adultos com mais de 1,80m. Nos pontos positivos, de destacar as várias soluções de arrumação espalhadas pelo habitáculo, incluindo dois suportes para copos. Já a mala foi recortada de forma a oferecer uma volumetria de 342 litros.

O automóvel, que assenta na plataforma do Toyota Yaris Cross, a GA-B, integra a última geração do Lexus Safety System +, que inclui assistentes cujas funções passam por apoiar o condutor na tomada de decisões, prevenindo ou atenuando colisões frontais, mantendo o carro na faixa de rodagem e melhorando a segurança durante a condução nocturna.

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