Foi “polícia dos polícias” e será ministra dos polícias. Margarida Blasco assume Administração Interna

Já passou por um Governo, no primeiro Excutivo de Aníbal Cavaco Silva, mas foi no SIS e no IGAI que a juíza, que agora será governante, ganhou notoriedade pública.

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Margarida Blasco, 67 anos, é juíza ines rocha/renascenca
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Antiga directora geral do SIS – Serviço de Informações e Segurança, a juíza Margarida Blasco, 67 anos, passou sete anos à frente da chamada polícia das polícias, a Inspecção-Geral da Administração Interna. E de lá saiu contra a sua vontade, depois de o presidente do Supremo Tribunal de Justiça a ter obrigado a regressar à magistratura, em 2019, quando ainda faltavam dois anos para terminar a sua comissão de serviço.

A sua passagem por este organismo ficou marcada por vários casos relacionados com abusos policiais, nomeadamente por parte de agentes da PSP que levantaram questões sobre excesso de violência e racismo na actuação das forças de segurança.

Antes de ir para o SIS, passaram-lhe pelas mãos, enquanto juíza, casos como o de Camarate, em que morreu o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, Dona Branca e ainda o do então director da Polícia Judiciária Fernando Negrão, demitido devido a uma fuga de informação sobre uma investigação à Universidade Moderna. Um processo que acabou por arquivar.

Da IGAI, Margarida Blasco transitou para o Supremo Tribunal de Justiça, de onde se jubilou em Agosto de 2021. A nova titular da pasta da Administração Interna nasceu a 25 de Julho de 1956 em Castelo Branco, tendo-se licenciado em 1978 pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. É dos ministros mais velhos deste Governo.

Entre 1987 e 1991 foi chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, José Borges Soeiro, era o principal titular da pasta, Laborinho Lúcio. O Governo era liderado por Aníbal Cavaco Silva.

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