“Liberdade intelectual”

Não há aqui nada de novo. O que o Chega está a fazer é copiar a campanha bolsonarista lançada há 20 anos no Brasil através do Movimento Escola Sem Partido (MESP).

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A extrema-direita quer reabrir uma guerra na educação. Não é de hoje, mas, desta vez, essa vontade integra o programa eleitoral do Chega num capítulo intitulado “Libertar o ensino de ideologias”. Era de esperar. Há anos, no seu “Manifesto Político Fundador”, o Chega achava que a escola pública portuguesa não passava de “educação estatizada, marxista e totalitária”. Para suavizar este linguajar tipicamente neofascista, o programa do Chega vem agora discutir a falta de “neutralidade ideológica” da escola pública e atacar instituições de ensino superior onde, segundo o partido de Ventura, não há “liberdade intelectual”, disparando sobre três alvos (Iscte-IUL, Centro de Estudos Sociais, de Coimbra, e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova de Lisboa), apresentados como meros “exemplos” porque haverá mais.

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