Lançamento do concurso público para Feiródromo do Porto adiado para Março

De acordo com a autarquia, a inauguração do Feiródromo, que estava prevista para Abril, decorrerá no último trimestre deste ano.

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O Feiródromo irá albergar as feiras da Vandoma e do Cerco Nelson Garrido
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O concurso público para a empreitada do Feiródromo do Porto só deverá ser lançado no próximo mês, depois de uma recomendação do Tribunal de Contas exigir a revisão do projecto, revelou nesta quarta-feira a Câmara do Porto.

Em resposta à agência Lusa, a Câmara do Porto esclarece que a recomendação do Tribunal de Contas obrigou a redefinir os "timings previstos", estando o lançamento do concurso previsto para Março.

"O Tribunal de Contas enviou uma recomendação onde é exigida a revisão de projecto a diversos empreendimentos, onde este se inclui", referiu.

De acordo com a autarquia, a inauguração do Feiródromo, que estava prevista para Abril, decorrerá no último trimestre deste ano.

No início de Dezembro, a Câmara do Porto adiantava à Lusa que o procedimento se encontrava em fase de revisão do projecto, pelo que o lançamento do concurso só aconteceria no início deste ano.

No relatório do orçamento municipal para 2024 consta uma verba de 340 mil euros para este equipamento municipal que, na freguesia de Campanhã, irá albergar as feiras da Vandoma e do Cerco.

O Feiródromo do Porto permitirá albergar 152 comerciantes, 35 dos quais da extinta feira do Cerco.

Além da utilização para as feiras, o equipamento municipal "pode ser usado pela cidade todos os dias do ano", afirmou o vereador com o pelouro da Economia, Ricardo Valente, aquando da apresentação do anteprojecto, acrescentando que o espaço vai estar dotado de café e sanitários.

As 152 bancas fixas vão estar dotadas de uma "cobertura ligeira", bem como de iluminação pública.

Questionado se os feirantes estavam satisfeitos com o projecto, o vereador afirmou que os mesmos não tiveram conhecimento.

"É importante dar nota de que as feiras e mercados municipais não têm lugares perpétuos. Os regulamentos municipais não permitem que um comerciante esteja numa feira e num mercado toda a vida. E bem, porque estamos perante um bem público que não é de ninguém. (...) A questão de falar é falar com quem? Com os actuais ou com os futuros?", questionou.

No final de 2021, a Câmara e a Assembleia Municipal do Porto aprovaram o encerramento definitivo da feira do Cerco. A decisão levou um movimento de feirantes a entregar um abaixo-assinado, com cerca de 600 assinaturas, na Câmara do Porto.

No início de 2022, a Câmara do Porto anunciou que os comerciantes da extinta feira do Cerco iriam poder vender no recinto da feira da Vandoma, sendo esta uma situação provisória até ser encontrado um novo recinto.

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