Abusos sexuais: “Igreja portuguesa foi e continua a ser muito incapaz de lidar com esta situação”

Um ano depois de conhecida a dimensão dos abusos sexuais de menores, o que mudou dentro da Igreja? “Cá para fora, para o cidadão comum, não tem havido grande novidade”, critica Ana Nunes de Almeida.

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Investigador acredita que JMJ foi momento de reconciliação dos portugueses com a Igreja, apesar da reprimenda deixada pelo Papa quanto à forma como a Igreja lidou com os abusos Nuno Ferreira Santos (arquivo)
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Há um ano, a dimensão dos abusos sexuais de crianças às mãos de membros da Igreja Católica portuguesa atingiu o país com a força de um terramoto. Terão sido, pelo menos, 4815 os menores alvo de abusos nos últimos 70 anos, segundo o relatório "Dar Voz ao Silêncio". Um ano depois, o que mudou? Para a socióloga Ana Nunes de Almeida, que integrou a comissão independente que estudou este problema, ainda há muito a fazer, sobretudo na consciencialização quanto aos direitos das crianças. Já o especialista em Ciência das Religiões Paulo Mendes Pinto acredita que “a Igreja Católica Portuguesa foi e continua a ser muito incapaz de lidar com esta situação”. Em sua defesa, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) garante estar a desenvolver acções de formação e capacitação dos agentes pastorais​.

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