Denunciante reafirma aos juízes agressão sexual de Dani Alves

Julgamento do antigo lateral do Barcelona arrancou nesta segunda-feira. Jogador vai ser ouvido na quarta-feira.

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Daniel Alves durante a sessão do julgamento, nesta segunda-feira, em Barcelona EPA/ALBERTO ESTEVEZ / POOL
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A jovem que acusa Daniel Alves de a ter violado na casa de banho de uma discoteca, em Dezembro de 2022, reiterou nesta segunda-feira em tribunal as acusações, no início do julgamento do futebolista internacional brasileiro.

Com o depoimento da alegada vítima a decorrer à porta fechada, fontes judiciais revelaram que a mulher manteve a acusação de que Dani Alves a agrediu sexualmente, com violência e desprezo, na casa de banho da discoteca Sutton.

A jovem prestou depoimento durante cerca de uma hora e um quarto na 21.ª secção da Audiência de Barcelona, onde também se encontrava o futebolista, mas com uma separação entre ambos, sem que o brasileiro a conseguisse ver.

No depoimento, além da existência de um biombo, a voz da jovem foi distorcida e a sua imagem também, para evitar que a sua identidade venha a ser divulgada, caso exista algum tipo de fuga de imagens para o exterior.

No início deste julgamento, com sessões previstas até quarta-feira, também uma das amigas da alegada vítima prestou depoimento, referindo que, após o sucedido, a jovem "não parava de chorar", que estava "muito nervosa" e disse que Dani Alves a "tinha magoado".

Na declaração, a amiga referiu ainda ter sido difícil convencê-la a prestar queixa, por entender que ninguém ia acreditar nela.

Dani Alves encontra-se detido há mais de um ano, desde 20 de Janeiro do último ano, na sequência das acusações de violação a uma jovem de 23 anos, que terão ocorrido a 30 de Dezembro de 2022, numa discoteca de Barcelona.

O jogador, que no momento dos factos jogava nos mexicanos do Puma, mas estava em Barcelona, chegou nesta segunda-feira numa carrinha da polícia ao tribunal, onde se encontrava a sua mãe.

No âmbito da acusação, o promotor público pede uma pena de nove anos de prisão para o futebolista, embora os advogados que representam a alegada vítima queiram uma pena ainda maior, de 12 anos de prisão.

O jogador, que chegou a apresentar diversas versões para o ocorrido, já tentou várias vezes pedidos de fiança, sempre negados pelo facto de o tribunal considerar existir perigo de fuga, mesmo com a entrega de passaporte.

O julgamento decorre perante um colectivo de três juízes, presidido pela magistrada Isabel Delgado, e, durante o mesmo, estão previstos depoimentos de 28 testemunhas, entre os dias de hoje e amanhã, antes de o Tribunal ouvir os peritos e Daniel Alves, na quarta-feira.

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