Fernando Alves: “A TSF foi tomada por um grupo de gente que não é fiável”

Amargurado com a gestão da Global Media, deixou a rádio que ajudou a fundar e reformou-se. Há quem passe pela TSF “como se tivesse de se desinfectar depois”, diz a voz da carismática crónica Sinais.

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Rui Gaudêncio
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Fernando Alves, de 69 anos, é um dos fundadores da TSF, a rádio criada por uma cooperativa de jornalistas que ganhou fama de ter sido “a rádio que mudou a rádio”. Foi ele que inventou o célebre “até ao fim do mundo, até ao fim da rua” e foi ele o autor de Sinais, crónica que fez durante 30 anos, todos os dias, às nove menos dez. Chegava à redacção às 4h. Porque não fazer na véspera? “Ficava muito arrumadinho...” Gosta do abismo, do fio da navalha, de pensar “talvez me espalhe hoje”. Amargurado com a nova gestão da Global Media, dona da TSF e de vários jornais — como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, O Jogo, Dinheiro Vivo e Açoriano Oriental —, entregou os papéis para a reforma em Setembro, no dia em que foi demitido o novo director, um jornalista que lhe deu esperança. Saiu. O livro Sinais — As Últimas 50 Crónicas na TSF (Editora Âncora) é o pretexto para esta conversa. Uma conversa em que os 35 anos de TSF ainda são contados no presente.

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