Bairros de Braga recebem dinheiro para implementar projectos inclusivos

Dez entidades de Braga vão promover projectos relacionados com educação, cultura ou contra a exclusão social.

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Vão ser apoiados projectos relacionados com educação, cultura, desporto, ou saúde e bem-estar em bairros e freguesias de Braga Joana Goncalves
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Um valor global de 200 mil euros será atribuído a dez entidades de Braga que implementarão, ao longo dos próximos meses, projectos relacionados com educação, cultura, desporto, ou saúde e bem-estar em bairros e freguesias do concelho. A globalidade das iniciativas destina-se a combater a exclusão social e a autonomizar as próprias entidades, representadas, na sua maioria, por associações de moradores.

Os projectos inserem-se no programa “Viva o Bairro”, criado pela Braga Habit, empresa municipal que gere a habitação social do concelho, em parceria com a Câmara Municipal de Braga. Insere-se numa colaboração, iniciada em 2022, entre as entidades municipais e as associações de moradores do concelho de Braga, e surgiu para “apoiar iniciativas tão diferentes como intervenções no espaço público, actividades de apoio à infância e à terceira idade, apoio ao ensino ou a promover a saúde e o bem-estar”, sinaliza o administrador executivo da Braga Habit, Carlos Videira.

Ao contrário de outras iniciativas de coesão social realizadas no concelho, o “Viva o Bairro” estabelece que sejam as próprias entidades promotoras dos projectos a gerirem a respectiva verba atribuída, tendo apenas, da parte da autarquia e da Braga Habit, aconselhamento técnico na elaboração dos projectos e apoio na produção de imagem e de conteúdos de comunicação.

Em 2024, os dez projectos apoiados, cujos apoios variam entre os 10.000 e os 30.000 euros, vão desde a criação de salas de estudo, o desenvolvimento de hortas comunitárias, a organização de festivais de artes ou a promoção de iniciativas contra o isolamento dos mais idosos, estando circunscritos a bairros como os das Enguardas, Andorinhas, Alegria, Santa Tecla, Picoto, Parretas ou Montélios.

A iniciativa mais apoiada, no valor de 30.000 euros, é continuidade de um projecto iniciado no ano passado, que passou pela criação de uma escola de música e cidadania destinada a crianças e jovens de etnia cigana, reforçando-se agora a área de abrangência. “Na primeira edição, o projecto focou-se apenas no bairro do Picoto e este ano estender-se-á à alameda do Fujacal. Trata-se de uma iniciativa que procura a aprendizagem de instrumentos por parte de crianças e que, a partir da música, as leve a interessarem-se por outras actividades culturais com as quais não estejam familiarizadas”, explica Carlos Videira. O projecto, que no ano passado já havia sido contemplado com 20.000 euros, prevê ainda visitas a equipamentos culturais da cidade, como a museus, ao Theatro Circo, ou ao Gnration.

No ano passado, a primeira edição do “Viva o Bairro” foi galardoada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com Habitat Scroll of Honour Award, prémio atribuído desde 1989 que reconhece indivíduos e instituições pelo seu contributo para o desenvolvimento urbano.

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