Conde de Ferreira: uma filantropia alimentada pela infâmia

No espaço Rampa, no Porto, a exposição Joaquim, o Conde de Ferreira e seu Legado reúne vários olhares sobre a figura do esclavagista a quem o país deve as bases do seu ensino primário.

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A instalação Adoçar a Alma para o Inferno III, de Dori Nigro e Paulo Pinto, esteve no epicentro de um episódio de censura no Hospital Conde de Ferreira PAULO PIMENTA
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Organizada pelo designer e curador Nuno Coelho, a exposição Joaquim, o Conde de Ferreira e seu Legado, que permanecerá no espaço Rampa, no Porto, até 17 de Fevereiro, é o segundo momento de um projecto, de natureza simultaneamente artística e científica, que pretende revelar e problematizar o percurso de Joaquim Ferreira dos Santos, vulgo Conde de Ferreira, ainda hoje bastante mais conhecido em Portugal pela sua filantropia post-mortem – mandou edificar um pioneiro hospital psiquiátrico e 120 escolas que foram decisivas para a consolidação do ensino primário no país – do que pela actividade de décadas no tráfico de escravos, fonte da sua considerável riqueza e da sua posterior (e sobretudo póstuma) beneficência.

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