Lorena cuida dos cavalos maltratados que os gaúchos argentinos já não querem

São cavalos velhos, amputados ou com deficiências e por isso foram abandonados. Lorena Melantoni acolhe-os num santuário na Argentina. “Ficam comigo até morrerem.”

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Lorena Melantoni no refúgio Soñemos Esperanza Reuters/TOMAS CUESTA
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Lorena Melantoni dedica os fins-de-semana a gerir um santuário para cavalos maltratados e abandonados, um problema na Argentina, a nação sul-americana conhecida pelo pólo (o desporto com equipas de cavaleiros) e pelos gaúchos que montam garanhões.

"Sou uma alternativa para os cavalos velhos, com deficiências, amputados ou só com um olho que ninguém quer adoptar", conta Melantoni, à Reuters. "Eles ficam comigo desde o momento que chegam até morrerem."

Localizado na região de Buenos Aires, o refúgio Soñemos Esperanza dá casa a cavalos que não têm outro lar, explica, acrescentando que muitos sofreram crueldades terríveis.

Tomas Cuesta
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Um cavalo, Baco, foi encontrado desnutrido e ferido. "Por exaustão, acabou por cair numa vala e os alegados donos bateram-lhe e partiram-lhe a coluna", descreve Melantoni, que trabalha no sistema judiciário durante a semana.

"Vemos a crueldade humana diariamente", diz, acrescentando que o facto de poder ajudar o cavalo a viver a sua vida com algum conforto foi gratificante a nível pessoal.

"Espero a semana inteira para os ver", conta. "Estou sempre à espera desse momento. Chegar aqui e sentir o cheiro deles, abraçá-los, beijá-los. E depois, posso sair calma e feliz e digo: é isso, isto fez a minha semana."

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