Se isto é um ativista (*)

Mais do que tudo, afasta-me dos novos ativistas do clima, e indigna-me, a utilização, leviana e gratuita, da palavra de ordem “genocídio”.

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Faço parte dos muitos que, felizmente, estão plenamente convencidos de que as alterações climáticas são um dos maiores desafios coletivos que enfrentamos. Estou consciente de que o problema é também uma questão de (in)justiça geracional, na medida em que os seus efeitos se abaterão sobretudo sobre a gerações mais novas que durante mais tempo a estes viverão expostas. Coerentemente, reconheço que a geração dos meus filhos, dos nossos filhos, tem hoje particular legitimidade para liderar a luta contra o fenómeno. A sua é uma voz que pode e deve fazer-se ouvir mais alto do que minha. Finalmente, uma palavra ainda para o ativismo. Faz falta. Sem a irreverência dos que, a cada momento histórico, souberam provocar, desinquietar consciências, chocar a moralidade vigente, quantas lutas emancipatórias teriam ficado pelo caminho?

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