Sp. Braga assegura triunfo na viagem a Berlim

Alemães estiveram a vencer com dois golos de Becker, mas Niakaté, Bruma e Castro deram a volta ao encontro, reforçando as ambições minhotas na Liga dos Campeões.

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Niakaté e Becker em duelo de Champions EPA/FILIP SINGER
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O Sp. Braga venceu esta terça-feira (2-3) o Union Berlin, em partida da segunda jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, consumando no último instante uma saborosa reviravolta, depois de uma desvantagem de dois golos, mantendo intacta a ambição de lutar por um lugar nos "oitavos" da Champions.

Sheraldo Becker, com dois golos (30 e 37'), deu vantagem a um Union que parecia determinado a sair da crise de resultados dos cinco jogos anteriores. Mas Niakaté (41'), Bruma (51') e André Castro (90+4') destruíram a narrativa que os alemães começavam a elaborar, deixando o Sp. Braga em posição privilegiada para lutar por algo mais depois da viagem a Berlim.

Sem o lesionado Victor Gómez, Artur Jorge apostou em Joe Mendes à direita de uma defesa que procura consolidar a titularidade do central Serdar. Em relação ao ensaio geral da Amadora, o Sp. Braga apostou na velocidade de Bruma e Álvaro Djaló nos corredores (sacrificou Pizzi), surgindo Ricardo Horta no apoio a Banza.

A esta abordagem, respondeu o Union Berlin com três centrais (sob a batuta de Bonucci) e uma concentração na linha média, povoada com cinco centrocampistas que pressionaram Al Musrati e Salazar, provocando e explorando os passes errados dos minhotos que originaram algumas transições venenosas, como a que resultou no primeiro susto da tarde, com um golo anulado a Gosens, logo aos quatro minutos, após competente revisão do VAR.

Sem espaço para fazer circular a bola, o Sp. Braga viveu um período de alguma instabilidade emocional nos instantes iniciais. E só não se viu em desvantagem no marcador perto dos 20 minutos porque Behrens não soube tirar partido de um desentendimento entre Joe Mendes e Serdar — com o turco a ser traído pelo mau passe do sueco e a permitir que Behrens se isolasse.

Em apuros, depois de mais uma investida de Becker (ferida de posição irregular não detectada), foi valendo Matheus na baliza bracarense. Mas o guarda-redes nada pôde fazer perante a frieza do atacante do Suriname, que deu vantagem ao emblema alemão à passagem da primeira meia hora de jogo.

Bruma ameaça e Castro cumpre

Reagiu o Sp. Braga por Bruma, que poderia ter empatado três minutos depois no primeiro remate enquadrado com a baliza de Rönnow, mas foi de novo Becker a estabelecer a diferença e a bisar num momento infeliz da defesa bracarense, batida por um desvio de Tousart que isolou o marcador de serviço do Union Berlin.

Com Al Musrati e Salazar inundados de trabalho e sem capacidade para descobrir linhas de transição ofensiva, o Sp. Braga sofria até Ricardo Horta ter obrigado Rönnow a defesa de recurso, com a bola a sobrar para a finalização de Niakaté. A formação portuguesa reduzia antes do intervalo e ganhava novo fôlego para uma segunda parte marcada pelo grande golo de Bruma (51’), servido por Ricardo Horta para empatar o encontro.

Atónito, o Union Berlin tremeu e esteve na iminência de ficar em desvantagem, valendo o guarda-redes dinamarquês, a travar um remate de Ricardo Horta dez minutos depois da bomba de Bruma ter detonado nas malhas da baliza alemã.

Até final, o Union Berlin tentou pressionar o Sp. Braga, mas, apesar de alguns momentos menos felizes de Matheus, a equipa minhota não só conseguiu manter o empate, como ainda arrancou um triunfo no último minuto do período de compensação (90+4') com um remate indefensável de Castro.

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