“Limando algumas arestas, vamos criar surpresas”

No final da estreia de Portugal no Mundial 2023, o PÚBLICO falou em Nice com José Lima, vice-capitão da selecção nacional de râguebi.

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José Lima em Nice na estreia de Portugal no Mundial Reuters/STEPHANIE LECOCQ
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A promessa de José Lima na antevisão da estreia de Portugal no Mundial de râguebi cumpriu-se. A selecção nacional "competiu de início ao fim" e vendeu cara a derrota contra o País de Gales, mas o vice-capitão da equipa portuguesa considera que os "lobos" podiam “ter feito um pouquinho melhor”. Contra a Geórgia, no próximo sábado, Lima promete novamente ambição: “Vamo-nos preparar para conseguir criar muitos problemas e ganhar esse jogo.”

Apesar da boa exibição que Portugal fez contra o País de Gales, no final os jogadores portugueses estavam visivelmente insatisfeitos. Ficou alguma frustração por sentirem que estiveram próximos de conseguirem uma surpresa?
Foi daquelas derrotas em que quando mais próximo é o resultado, mais custa. Eu disse na conferência de imprensa de antevisão que o nosso objectivo era competir até ao final ou o máximo de tempo possível dentro do jogo. Acabámos por conseguir fazer isso, já que até à “bola de jogo” estava 21-8. Tivemos oportunidades para marcar e atacar a área de 22 metros deles. Essa é a primeira satisfação que devemos ter, mas é sempre difícil perder desta maneira. Se olharmos bem, concluímos que podíamos ter feito um pouquinho melhor.

Esse “pouquinho melhor” era vencer?
Podia ter acontecido. Se não levássemos aquele ensaio no final da primeira parte, íamos para o intervalo a perder por 7-3. Ninguém teria apostado que isso pudesse acontecer contra o País de Gales e tivemos o azar da penalidade que bateu no poste. Faltou um bocadinho de sorte… ou de experiência. A verdade é que se olharmos bem para o jogo que fizemos, uma vitória podia ter acontecido. No final o resultado foi mais dilatado do que o que realmente se passou no jogo.

Que efeito é que este primeiro jogo terá no resto do Mundial para os jogadores portugueses?
Vai dar mais motivação, vamos acreditar ainda mais no que podemos fazer e a verdade é que se conseguimos fazer este tipo de jogo e lutar de igual para igual com o País de Gales, também o podemos fazer contra as outras equipas. O que vamos tentar é competir. Tenho a certeza que limando algumas arestas, vamos criar surpresas.

Segue-se a Geórgia. O que podemos esperar?
Temos de recuperar do jogo com o País de Gales e pensar na Geórgia. É uma equipa que conhecemos bem, ao contrário do que acontecia contra o País de Gales. Já sabemos o que esperar e vamo-nos preparar como deve ser para conseguir criar-lhes muitos problemas e ganhar-lhes esse jogo.

Os galeses podem ter ficado surpreendidos pela forma como Portugal se apresentou, mas os georgianos já sabem o que os portugueses podem fazer…
Claro, mas nunca jogámos com a Geórgia num Campeonato do Mundo e isso pode trazer um ânimo extra à nossa equipa e fazer com que consigamos superá-los num jogo destes.

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