Os vampiros de What We Do in the Shadows ainda não se esgotaram

A quinta temporada da série baseada no filme de 2014 chega ao fim esta semana na HBO Max.

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What We Do in the Shadows mantém a piada na quinta temporada DR
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Passados quatro anos, What We Do in The Shadows ainda é um deleite. A sitcom sobre um grupo de vampiros a viver na mesma casa em Staten Island, Nova Iorque, baseada no filme homónimo que Jemaine Clement e Taika Waititi escreveram, realizaram e protagonizaram em 2014 (estreou-se em Portugal mais de um ano depois, como O Que Fazemos nas Sombras) sobre vampiros na Nova Zelândia, não se esgotou. A piada mantém-se. E vai-se sempre descobrindo novas características das personagens, aprofundando relações entre elas, encontrando histórias que prometem mudar tudo, mas acabam por voltar sempre ao mesmo.

Tem sido assim na quinta temporada da série original do FX que pode ser vista por cá via HBO Max. O décimo e último episódio chega esta terça-feira ao serviço de streaming (o Disney+, representante habitual das séries FX, tem apenas as três primeiras temporadas). Desta vez, o centro é Guillermo, depois de, na época anterior, Colin Robinson (Mark Proksch), um vampiro de energia (ou um chato que se alimenta de sugar a paciência dos outros) ter virado bebé outra vez.

A personagem de Harvey Guillén um carniçal, ou seja, um servo de um vampiro a quem é prometido há anos que se tornará num deles farta-se de esperar e decide encontrar forma de se transformar em vampiro. A época inteira gira à volta disso, mas há também outras histórias. Kristen Schaal cuja presença se fez notar há mais de 15 anos em Flight of the Conchords, a série que levou Jemaine Clement aos Estados Unidos e a sua personagem, uma guia vampírica, foram promovidas ao núcleo duro da série.

Clement é, de resto, uma presença criativa maior em What We Do in The Shadows do que o seu colega Waititi, que tem andado a ocupar a carreira com projectos de outra envergadura, mas menos interessantes, apesar de ambos serem creditados como produtores executivos. Ao comando de tudo está Paul Simms, criador da sitcom dos anos 90 NewsRadio, que trabalhou com Clement em Flight of the Conchords e também ajudou em séries como Atlanta, que tinha argumentistas em comum com What We Do in The Shadows.

Continua a ser delicioso ouvir o britânico Matt Berry, que protagoniza o vampiro Laszlo e é das pessoas com mais piada do mundo há praticamente duas décadas, dado a forma dramática como pronuncia certas palavras. Agora, Laszlo tenta ajudar Guillermo com os seus problemas de transição vampírica. Há também britânica Natasia Demetriou, que foi uma das grandes revelações da série no papel de Nadia, esposa de Laszlo. Nesta temporada tem tentado combater uma maldição, ao mesmo tempo que explora a sua ilha de origem, Antipaxos, na Grécia, através dos seus conterrâneos que também vivem em Staten Island.

Ao longo destes dez episódios, há campanhas políticas, arraiais pride, telejornais, hospitais de vampiros, mutantes e roasts cómicos. E continua a haver um filão que não se esgotou. Ainda é bom passar tempo no mundo destes vampiros.

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