Ainda há ilhas de dinamismo no oceano despovoado que é o interior

Análise às trajectórias de desenvolvimento das últimas décadas mostram um país reconfigurado, onde as várias ilhas que compunham o “arquipélago” que João Ferrão desenhou se alteraram

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Interior mostra resiliência
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Há 20 anos, João Ferrão, investigador doutorado em Geografia, veio baralhar o mapa do país, recusando as dicotomias que até então dividiam Portugal em quatro partes desiguais e desenhavam uma fronteira entre o Norte e o Sul e entre o litoral e o interior. Num artigo publicado na revista Lusotopie, em 2003, João Ferrão, especialista em Geografia Económica e Social, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional e Urbano — e que, dois anos mais tarde, haveria de ser convidado para ser secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, no primeiro Governo de José Sócrates — defendeu a tese das três espacialidades macrorregionais”. Nessa tese, discorria sobre uma nova geografia do país, a que invocava Portugal continental como um arquipélago de várias ilhas, argumentando que se o interior era um oceano despovoado, também havia ilhas onde se encontrava dinamismo económico e demográfico.

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