A 24.ª expulsão de Sérgio Conceição foi a mais bizarra

Treinador do FC Porto recusou abandonar o relvado durante o jogo da Supertaça, o que levou a um impasse durante cerca de cinco minutos.

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Sérgio Conceição no momento em que se recusou a sair EPA/ESTELA SILVA
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Noventa minutos disputados na época 2023-24 e já começaram as discussões sobre as polémicas fora do relvado. Não tiveram efeito os apelos de alguns responsáveis do futebol e do desporto nacional e a Supertaça Cândido de Oliveira, em Aveiro, acabou por proporcionar um momento invulgar, com o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, a rejeitar abandonar o recinto de jogo depois de ter sido expulso.

Tudo aconteceu já perto do final do encontro, quando o Benfica vencia por 2-0 (resultado que confirmaria até ao apito final). Pepe havia sido expulso com vermelho directo, fruto de uma joelhada na coxa de Jurasek (decisão tomada após indicação do VAR), o FC Porto viu um golo anulado a Galeno (por mão na bola de Gonçalo Borges) e Sérgio Conceição não se conteve na contestação das decisões.

As palavras que dirigiu ao árbitro da partida foram perceptíveis na transmissão televisiva e Luís Godinho foi peremptório ao puxar do cartão vermelho, dando corpo a uma recomendação do Conselho de Arbitragem para a presente temporada, que passa por “dispensar” os avisos aos inquilinos dos bancos e tomar imediatamente a sanção disciplinar adequada ao comportamento.

Visivelmente irritado, Sérgio Conceição não acatou imediatamente a decisão. O quarto árbitro, Fábio Veríssimo, ainda interveio, sem êxito, Ivan Marcano (na altura com a braçadeira de capitão) fez o mesmo papel, com o mesmo resultado, e depois de alguns minutos com o jogo interrompido foi Luís Godinho quem se dirigiu ao banco do FC Porto para explicar a decisão ao treinador português, que finalmente saiu, sob protesto e a bater com a mão no peito.

Um caso invulgar no futebol português, pela recusa em sair do campo, mas recorrente para Sérgio Conceição, que somou em Aveiro a 24.ª expulsão da carreira, a 14.ª ao serviço do FC Porto. Diante do Benfica, o treinador português já viu por cinco vezes o cartão vermelho, três pelos “dragões” e ainda uma quando orientava o Sp. Braga e o Vitória SC.

No final do encontro, nenhum responsável do FC Porto se mostrou disponível para comentários, nem compareceu na flash interview ou na sala de imprensa.

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