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Esta casa para ver o mar parece que esteve sempre ali, na Caramujeira

A Casa do Loureiro, na Caramujeira, foi construída em 1951. O Atelier Orgânica recuperou-a em "simbiose com o espírito natural" do local, onde ainda não terão chegado​ "novos projectos de construção".

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Construída em 1951, na Caramujeira, a Casa do Loureiro ganhou novas divisões que em nada destoam das originais. Era esta a missão do atelier de arquitectura Orgânica, que começou o projecto de restauro e ampliação de "uma casa já bastante degradada" em 2016 e terminou-o este ano. O arquitecto, Paulo Serôdio, afirma que a equipa procurou criar uma casa chã em "simbiose com o espírito natural" do local.

"Parece que a casa existiu sempre assim", considera Paulo Serôdio, que acrescenta que aquela zona da Caramujeira, Lagoa, "ainda não passou por novos projectos de construção".

As casas algarvias eram construídas junto aos limites do terreno para aproveitar o máximo possível de espaço para a agricultura. Desta forma, o que o arquitecto teve de fazer foi prolongar os dois anexos da construção inicial, numa faixa estreita que forma um "L". Conseguiu assim criar novas divisões que respeitam elementos das construções algarvias antigas, como o desenho dos tectos, das tijoleiras e do pavimento, indo até à mesma espessura das paredes. Ainda assim, cada espaço se distingue pelos "tectos de geometrias diferentes e pavimentos de jogos diversos".

"A estreita largura da casa prefigura uma espécie de muro habitado", lê-se na descrição da casa branca e ocre como a terra com portadas azuis como o céu e o mar. Voltada para o mar, foi pensada como uma "casa íntima", que ao mesmo tempo se articula com o exterior por ser "aberta à paisagem".

Paulo Serôdio gosta de descrever o resultado final como um "mimetismo que não é um revivalismo".

​Mais obras do atelier Orgânica no P3: