Os cartazes “racistas” com António Costa. Há uma “degradação do discurso público”

Desumanizar com um nariz de porco, uma ideia “de mau gosto” e as “linhas vermelhas”. António, Hugo Van Der Ding e Luís Afonso discutem os desenhos que perseguiram António Costa no 10 de Junho.

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Cartazes foram usados no Peso da Régua, nas comemorações do 10 de Junho LUSA/JOSÉ COELHO
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A caricatura, multiplicada em vários cartazes, serviu de pano de fundo à caminhada do primeiro-ministro durante as comemorações do Dia de Portugal, no sábado, no Peso da Régua. A certa altura, António Costa diz aos jornalistas que os cartazes em que aparece com nariz de porco e lápis espetados nos olhos são “um pouco racistas”. Nasceu um tema — ou melhor, renasceu. “Há uma degradação muito grande no discurso público”, lamenta Hugo Van Der Ding, autor dos cartoons sobre questões de classe A Criada Malcriada, para quem “retratar as pessoas como animais é a linha [vermelha], é muito desumanizador”. António Antunes, cartunista mais conhecido como António, discorda: “Não vejo na ideia de animalizar os caricaturados uma linha vermelha, desde que se justifique no discurso pelas ideias que transmite.” Ainda assim, acha a representação de Costa “de muito mau gosto”. Como se baliza este caso?

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