Em Colchão de Pedra, fazemos a cama em que nos deitamos

Nestes contos exemplares, Margaret Atwood retoma a sua célebre ironia e expõe o lado absurdo – e também mágico – da nossa existência.

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Nove “fábulas” de Atwood Mark Blinch/Reuters
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Margaret Atwood, a muito aclamada autora canadiana, gosta de vampiros. Também aprecia histórias macabras e de outros mundos que, na sua escrita, são uma réplica perigosa e astuciosa da nossa vivência neste planeta a que chamamos Terra. É perita em impor um tom de familiaridade aos acontecimentos mais inverosímeis e em, pelo contrário, imprimir uma aura sinistra a descrições de um quotidiano banal. Esse magistral equilíbrio é visível em Colchão de Pedra, que junta nove “fábulas” (o título original, de 2014, é Stone Mattress: Nine Wicked Tales), em que os temas da sua predilecção, como o envelhecimento, as questões de género e identidade e a sempre consoladora ideia de vingança se desenrolam num território minado pelo imprevisto, pelo absurdo e pelas contingências.

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