A sinfonia migrante a que Tiago Cadete dá voz

Em busca de um percurso inverso ao da colonização, trabalhou com migrantes latino-americanos que tentam a sorte na Península Ibérica. Concerto estreia-se esta sexta-feira e sábado em Alcobaça.

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Pedro Jafuno

Há histórias que se repetem. Talvez não exactamente da mesma maneira – mas é também na repetição que se detectam as pequenas nuances que tanto aproximam os percursos de vida com um enquadramento semelhante, quanto vincam as subtilezas daquilo que torna a narrativa biográfica de cada um(a) particular. Em 2018, quando estreou Entrevistas, Tiago Cadete explorava esta relação ao compor a sua biografia a partir de depoimentos recolhidos junto de outros portugueses que, tal como acontecia consigo, estavam emigrados no Brasil. A sua biografia alimentava-se então das experiências comuns daqueles que tinham atravessado o Atlântico à procura de descobrirem o seu lugar e lidavam, entre outras questões, com o peso de carregarem consigo uma nacionalidade colonizadora num território que fora ocupado e explorado pelo seu país de origem. A partir das vozes desses outros emigrantes. Tiago Cadete contava a sua história – algures nesse intervalo poroso entre a realidade e a ficção.

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