Inglaterra arranca vitória histórica em Itália

Britânicos vencem pela primeira vez em jogos oficiais em casa dos “azzurri” e assumem o comando do Grupo C.

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Luke Shaw e Politano em despique Reuters/CIRO DE LUCA

Há mais de 10 anos que a Inglaterra não vencia Itália e há quase 46 que não o fazia num jogo de carácter oficial. Nesta quinta-feira, em Nápoles, os britânicos impuseram-se à selecção da casa, por 1-2, e começaram da melhor forma a fase de qualificação para o Euro 2024, no topo do Grupo C.

No Estádio Diego Armando Maradona, a Inglaterra colocou-se cedo em vantagem, com um golo de Declan Rice, aos 13’. Mas o médio do West Ham não foi só importante no ataque, foi essencialmente uma garantia de equilíbrio no meio-campo, em sintonia com Kalvin Philips.

Com as duas equipas em 4x3x3, Itália teve sempre dificuldade em chegar com critério ao último terço e, nas raras ocasiões em que o conseguiu, não foi capaz de decidir da melhor forma, como aconteceu com Mateo Retegui, perto dos 40’. Não marcaram os “azzurri”, marcaram os britânicos, de grande penalidade: aos 44’, o árbitro foi “convidado” a rever um lance de mão na bola, dirigiu-se ao monitor e apontou para a marca dos 11 metros. Harry Kane fez o 0-2 com frieza.

O intervalo estava a chegar, mas Jack Grealish ainda teve tempo de perder um golo de forma escandalosa, já sem o guarda-redes na baliza.

A selecção italiana estava obrigada a fazer mais e, no segundo tempo, ganhou alguns metros no terreno e passou a frequentar as imediações da área contrária. Até que, aos 56’, Retegui marcou mesmo — uma estreia de sonho para o avançado nascido na Argentina (e que joga no Tigre, por empréstimo do Boca Juniors), chamado pela primeira vez à “squadra azzurra” por força da dupla nacionalidade que lhe é garantida por via do avô materno.

Esse foi, porém, o único remate enquadrado da selecção de Itália, que, apesar da pressão sobre o último reduto inglês, já não foi capaz de evitar o desaire, o primeiro desde o 2-1 de Agosto de 2012, num jogo particular. De resto, esta foi também a primeira vez que Inglaterra venceu o rival em Itália em partidas de carácter oficial.

No Grupo H, o embate nórdico entre a Dinamarca e a Finlândia terminou com triunfo da equipa da casa (3-1). Em Copenhaga, o jovem avançado da Atalanta Rasmus Hojlund foi a figura da noite, com um hat-trick (21’, 82’ e 90+3’) que retirou importância ao golo solitário dos finlandeses, apontado por Antman (53’).

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