Nesta aldeia, a “escolinha” ao abandono transformou-se no ponto de encontro dos antigos alunos

A “Escola da Póvoa” foi reabilitada pelo designer e professor José Morgado, com a ajuda dos estudantes do Politécnico de Viseu.

Nesta aldeia, a “escolinha” ao abandono transformou-se no ponto de encontro dos antigos alunos José Campos
Fotogaleria
Nesta aldeia, a “escolinha” ao abandono transformou-se no ponto de encontro dos antigos alunos José Campos

A “Escola da Póvoa” é uma antiga escola primária, pequenina, deixada ao abandono em Vila Nova de Paiva, Viseu. Agora, estudantes de Viseu ajudaram o professor e designer José Morgado a dar-lhe uma nova vida.

O principal objectivo do projecto de reabilitação era construir um espaço para a comunidade pensado para ser utilizado para várias actividades diferentes, “desde a formação, à ginástica, ensaios do grupo coral, actividades de recreio e até festas de Verão, quando os emigrantes voltam em Agosto”, conta o designer, ao P3.

O mobiliário do novo ponto de encontro partiu do trabalho dos alunos do Curso de Design de Mobiliário do Politécnico de Viseu. “A participação dos alunos foi muito positiva porque viram um projecto de final de curso ser materializado, tiveram contacto com a realidade, viram o mobiliário a ser feito, inaugurado e agora utilizado”, explica o professor.

A escola, construída com granito e madeira, mantém a arquitectura do Estado Novo e respeita as “características arquitectónicas típicas do Norte do país”.

A maioria dos materiais foi reutilizada de forma a preservar a memória e a história do edifício. “Nós transformámos o pátio numa cozinha, o hall de entrada está equipado com móveis de arrumação e a sala de aulas foi toda restaurada, mas mantivemos o quadro original e o soalho”, resume o designer.

Além do alpendre, que foi transformado numa cozinha, José Morgado tentou “preservar ao máximo os matérias que já existiam, como as paredes de reboco, o chão de soalho, o telhado que foi restaurado mas manteve a configuração original”.

“A nível do design de interior, há outra particularidade: todos os vãos foram transformados e foi tudo feito com vidro amplo e transparente, para aumentar a relação entre o interior e o exterior”, descreve. Até as portas do pátio podem ser abertas e recolhidas, de forma a garantir que quem está no interior do edifício consegue facilmente conviver com quem estiver na parte de fora.

Para o designer, foi fundamental preservar a memória e respeitar a população local, que estudou e cresceu naquela escola e que, acrescenta, “recebeu muito bem o projecto porque viram a escolinha onde estudaram transformar-se num espaço que é para toda a população”. 

José Campos
José Campos
José Campos
José Campos
Nesta aldeia, a “escolinha” ao abandono transformou-se no ponto de encontro dos antigos alunos
Nesta aldeia, a “escolinha” ao abandono transformou-se no ponto de encontro dos antigos alunos José Campos
José Campos
José Campos
José Campos
José Campos
José Campos
José Campos